Quatro anos e meio. Esse é o tempo que Itamar Schulle, técnico do Santa Cruz, e Lucas Isotton, auxiliar do treinador tricolor, trabalham juntos. Durante esse período, tiveram diversas experiências, desde as cinco finais disputadas até este momento de pandemia do novo coronavírus que vem afetando o mundo inteiro. Em entrevista ao Jornal do Commercio, Isotton, que tem 35 anos, abriu o jogo falando sobre o seu início como auxiliar e a relação com o comandante coral durante todo esse tempo.
"A minha trajetória começou em 2003, a partir do momento em que eu decidi não atuar mais no futebol. Eu sou de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, e joguei nas categorias de base do Juventude. Fui para um projeto da Universidade, onde comecei trabalhando com sub-15, sub-17, sub-20. Depois dessa transição passei para auxiliar técnico de clube e até então auxiliar de um treinador específico como é o caso do Itamar Schulle. Um desses clubes que tive o privilégio de trabalhar foi o Juventude", disse o auxiliar de Schulle.
A parceria entre Lucas Isotton e Schulle começou no Botafogo-PB. Depois, se estendeu para ABC, Cuiabá, Vila Nova e, por fim, o Santa Cruz, onde a dupla vem fazendo um excelente trabalho. No Campeonato Pernambucano, antes da paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus, o Tricolor era o líder, estava invicto e classificado de forma antecipada para a semifinal do Estadual. Já na Copa do Nordeste, a equipe coral não dependia apenas de si para avançar, mas também tinha boas chances de classificação.
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"Eu e o Itamar iniciamos em 2016 essa parceria. São quatro anos e meio em que estamos nessa caminhada juntos. Esses dias estávamos relembrando nossas conquistas durante esse período. Foram cinco finais, três títulos, dois vices e um acesso. Outro bom resultado que a gente teve também foi em relação a revelação de jogadores de base. Onde a gente vai, a gente tem essa característica de revelar jogador. Conseguimos revelar vários durante esse período", destacou Lucas Isotton.
No Santa Cruz, por exemplo, o volante André, que tem 20 anos, é um dos jovens jogadores que ganharam oportunidade com o técnico Itamar Schulle e, por conta das boas atuações com a camisa tricolor, o garoto teve até seu contrato renovado semanas atrás. Outro que teve chance foi o meia Felipe Simplício, de apenas 18 anos, mas que já foi acionado em algumas partidas pelo comandante coral.
De acordo com Lucas Isotton, o técnico Itamar Schulle é aquele comandante que cobra de forma incisiva, enquanto o auxiliar acaba fazendo esse 'meio-campo' com os atletas. São perfis diferentes, mas que, segundo Isotton, acabam se complementando na forma de trabalhar e comandar o grupo.
"O Itamar tem esse perfil mais enérgico. Então, pela minha função, eu acabo fazendo esse meio-campo do Itamar com os atletas. Eu tenho essa característica menos enérgica, aí a gente acaba se completando. Eu sou o responsável de passar as informações específicas tanto para o Itamar quanto para os jogadores. Os detalhes que o treinador acaba não vendo, até pela posição e cargo que exerce. A gente acaba ficando mais no vestiário e tem uma ligação mais direta com o treinador nessa situação", disse Lucas Isotton.