BATE-PAPO

'Joguei duas vezes com Pipico e vencemos as duas', diz centroavante do Santa Cruz

Victor Rangel falou em entrevista ao Jornal do Commercio e à Rádio Jornal que pode fazer boa parceria ao lado de Pipico no ataque tricolor

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 27/06/2020 às 8:13 | Atualizado em 27/06/2020 às 13:23
ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM
AVANTE Tricolores têm a obrigação de vencer o Bruque-SC, domingo, no Arruda, se quiserem sair da Série C - FOTO: ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM

Após acertar a renovação contratual com o Santa Cruz até o término da Série C, o centroavante Victor Rangel tem chegada prevista ao Recife nesse domingo (28), deve passar por exames clínicos e testagem para a covid-19 na segunda-feira (29), para só após os resultados, ser integrado ao elenco tricolor. A reportagem do Jornal do Commercio e o repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, entrevistaram o jogador coral com exclusividade para saber o que o motivou a permanecer no Arruda mesmo com outras propostas, objetivos para a temporada, sonho de jogar diante de mais de 50 mil torcedores tricolores, parceria com Pipico e foco no acesso à Série B.

CONFIRA A ENTREVISTA:

RENOVAÇÃO

Estou bem contente com essa renovação com o Santa Cruz (até o término da Série C). Jogador quer sempre marcar seu nome no clube e comigo não é diferente. Penso assim, que através de conquistas que conseguimos ficar marcados. Queria muito continuar no clube, sempre quis e chegou esse momento de renovação. Quero muito retribuir o apoio, carinho e confiança do torcedor, da comissão técnica e da diretoria depositada em mim. Por isso, o meu desejo é ajudar o clube a conseguir os seus objetivos.

CONTRATO PRODUTIVIDADE

Demorou um pouco mais que o normal. Mas não esteve tudo nas minhas mãos... Passou pelo clube e pelo meu representante, que ficaram esses dias em conversas para buscar a renovação. Que bom que terminou bem, era o meu desejo ficar e estou feliz com isso. Sandro (Zardo, empresário de Rangel) me passou sobre as possibilidades ao assinar contrato e que vou debater com o Nei Pandolfo. São questões de contrato de produtividade, número de jogos disputados, coisas normais. Vou saber detalhadamente quando falar com Nei (no Recife). Não é nada que esteja faltando acertar. Está tudo certo. Só preciso saber detalhadamente.

CHEGADA AO RECIFE

Devo chegar entre sábado ou mais tarde no domingo. Chegar faço todo o procedimento natural que todos fizeram... Exames médicos, teste da covid-19 e depois aguardar as informações do clube para me juntar com o grupo para continuar a preparação. Lamento me apresentar depois, mas acho que não vou ficar muito distante da forma física dos meus companheiros, porque eu me preparei aqui com um personal nesse período. Claro que não é a mesma coisa que trabalhar em grupo, com as variáveis e funções que a comissão nos passa. Demorei um pouco mais para poder estar próximo a minha esposa, pois tivemos algumas consultas médicas, momento importante de estar do lado dela nesse período de gestação. Graças a Deus está tudo bem com a saúde dela e com a do bebê. Tudo certo e o momento agora é de retornar a trabalhar e assim que tiver data confirmada de retornar os campeonatos, espero estar na melhor forma possível para ajudar o time.

CARINHO PELO SANTA CRUZ

Não aceitei ir para fora agora, mesmo sendo um desejo meu de voltar a jogar fora do Brasil, por conta da minha família. Minha esposa está em reta final de gestação, vem o nosso segundo filho e quero estar perto dela. Agora é momento de ficar perto da família e jogar por um clube que me identifiquei e dei prioridade para continuar. Eu realmente tenho um carinho grande pelo Santa Cruz, mesmo vivendo pouco tempo, foi um misto de coisas: desde a minha chegada o carinho dos funcionários, do presidente, da diretoria, comissão técnica, todos me receberam bem... Ambiente bom, jogadores, todo o Staff do clube. Isso facilita na adaptação rápida e faz com que você de sinta bem, em casa. E, em campo, ver o torcedor do seu lado, apoiando, isso motiva a dar resultado.

PARCERIA COM PIPICO

Eu gosto de jogar de 9. Já declarei isso algumas vezes. Mas o meu pensamento é coletivo. Continuo batendo nessa tecla, pois quero o resultado junto com o elenco e a equipe. Não adianta, por exemplo, jogar a Série C e eu fazer 20 ou 30 gols e permanecermos na Série C. Então, o objetivo não foi alcançado, pois só foi bom pra mim. Quero que o clube conquiste os objetivos e eu, individualmente, consiga ajudar também. Meu pensamento é coletivo: pensar primeiro no clube e depois no eu. Quero jogar na minha posição, que posso render o meu máximo, mas me coloco à disposição da comissão técnica para me encaixar onde achar melhor ou precisar de mim. Nos seis jogos que fiz, eu só joguei com Pipico por duas vezes. Em um deles, jogamos juntos numa formação no 4-4-2, sendo praticamente dois centroavantes. E, em outra partida, jogamos no 4-3-3 e eu atuando aberto na extrema esquerda e Pipico centralizado. Deu certo nas duas formações e vencemos os dois jogos (Afogados e Botafogo-PB). Acredito que, com treinamento, vamos encontrar a melhor forma possível, tentando nos entender e pegando as informações que o professor Itamar (Schulle) nos passar. Quero colaborar ao máximo para o time buscar os resultados.

ARRUDA LOTADO

Esse é o sentimento no qual desejo encontrar. Desde a minha chegada que muitos amigos ao redor do clube, alguns funcionários nos mostram vídeos da presença da torcida em jogos marcantes. Isso passa na mente da gente, aquela vontade no coração de jogar um jogo dessa magnitude e com essa atmosfera... Muitos torcedores e com o estádio lotado. Você podendo ajudar o time, fazer um gol e vibrar junto com os milhares de torcedores. Isso, sem dúvida, passa pela minha cabeça. Desejo e quero realizar esse sonho de jogar no Arruda lotado, marcar um gol e ajudar o Santa Cruz a vencer. Seria muito marcante (se fosse o gol do acesso). Algo que seria muito especial na minha vida.

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