Fernando Castro
Publicado em 04/06/2020 às 19:23
Com o retorno dos treinamentos previsto para acontecer no dia 15 de junho em Pernambuco, o Santa Cruz está elaborando e estudando as melhores estratégias para receber os jogadores de volta. Caso a curva de contágio da covid-19 diminua, inclusive, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) já projeta a volta do Campeonato Pernambucano para o dia 28 de junho. Assim, as equipes teriam menos de duas semanas de preparação, fato que foi classificado como imprudente pelo auxiliar técnico Lucas Isotton.
"Quando a Federação coloca menos de 15 dias para a volta dos jogos, ela está colocando em risco a saúde e o ano dos atletas. É um período muito curto para se elaborar um condicionamento físico e emocional para a grande sequência de jogos que vão ter, isso também tem que se colocar em prática. Essa é a minha opinião como profissional, não a do Santa Cruz, acho de uma extrema imprudência elaborar uma data para a volta das competições", disse o auxiliar técnico Lucas Isotton, em entrevista ao repórter Filipe Farias, para a Rádio Jornal.
De acordo com o auxiliar técnico do Santa Cruz o tempo ideal para que os jogadores conquistem novamente o condicionamento físico e se preparem bem é de quatro semanas. Isso porque, nos primeiros dias de reapresentação, os atletas e funcionários do clube serão submetidos aos testes para identificação da covid-19. Depois disso, o elenco tricolor ainda vai passar por uma avaliação juntamente com o departamento físico e de fisiologia, realizando uma série de testes físicos até finalmente ter o contato com bola para os treinos técnicos e táticos.
"A gente teria que discutir a volta dos treinamentos, como se está se colocando agora. Para então identificarmos como que os atletas vão voltar, não só os do Santa Cruz, para que a gente consiga ter uma melhor estratégia, com dados para mensurar, quanto tempo vai ser necessário para que a gente consiga ter um período adequado para a volta dos campeonatos. Com a experiência e estudos que eu tenho, acredito que no mínimo vai ser necessário quatro semanas para os atletas", avaliou Lucas Isotton.