O dia da decisão para o Santa Cruz se aproxima. No próximo domingo (17), o tricolor recebe o Brusque, no Arruda, às 18h para o jogo válido pela 6ª e última rodada da segunda fase da Série C que define a temporada da equipe - continuar na terceira divisão ou carimbar o passaporte para a Série B. Diante desse momento, o zagueiro Danny Morais defende que é preciso haver equilíbrio em campo e cuidado para não confundir "velocidade de ação com pressa".
>> Confira os cenários que fazem o Santa Cruz conquistar o acesso para a Série B
A equipe Coral vem de uma derrota por 2 a 1 para o Vila Nova. Segundo Danny Morais, nessa partida ele correu mais de 10 km, número atípico para um zagueiro, e terminou o jogo tão exausto que não conseguia nem tirar as chuteiras. "Eu procuro fazer assim sempre. Claro que em determinados jogos há um desgaste maior, especialmente pela maneira como estava o campo. Eu estava praticamente indo para a frente em toda bola, com o intuito de diminuir a vantagem, de empatarmos, ou até mesmo um gol que podia ter feito a diferença nessa decisão final. Mas eu acho que a entrega, a dedicação, tem que ser em todos os jogos, em todos os minutos e tem que ser de todo mundo por um objetivo em comum", disse. "É uma característica minha, foi um jogo bem atípico, corri mais de 10 km, que para um zagueiro é um pouco difícil de acontecer, mas é na garra, na vontade, no desejo de vencer e eu acho que são nesses princípios que nós temos que nos basear, aliado a qualidade e a tranquilidade de saber fazer a melhor forma de jogar", acrescentou.
Mesmo com toda a entrega relatada pelo jogador, o tricolor chega à esta rodada precisando vencer e não depende apenas de si. O Santa Cruz precisa torcer por um empate entre Ituano e Vila Nova ou por uma vitória da equipe paulista por uma diferença de gols igual ou menor que a de uma vitória do Tricolor sobre o Brusque. Uma vitória do Vila Nova por qualquer placar elimina o Santa Cruz, mesmo vencendo o Brusque.
Domingo, no Arruda, é tudo ou nada. "Nossa estratégia tem que ter muita sabedoria, não confundir velocidade nas ações com a pressa na hora de tomar as decisões e atitudes. Tecnicamente a gente tem que estar bem, a gente tem que briga muito também, a gente tem que ter muita entrega, temos que ir equilibrados e seguros no início ao fim do jogo", detalhou Danny.
Para o zagueiro, a decisão demanda equilíbrio. "É uma decisão, mas é um jogo que a gente tem que se basear no que a gente fez o ano todo, se basear na nossa estratégia de jogo, nos nossos fundamentos como time, mas claro que com muita entrega e muita dedicação porque acho que cada jogo nos apresenta uma dificuldade. A gente tem que se adaptar o mais rápido possível, mas com estratégia, com inteligência para que todo detalhe seja no nosso jogo. Independente do que aconteça no outro jogo, a gente tem que passar por cima, então temos que ir preparados para tudo e todos. Colocar, como se fala, o coração na ponta da chuteira e jogar pela nossa instituição, pela nossa imagem. Acho que esse é o nosso jogo", definiu.