SUSPENSÃO DO LEILÃO

Vice-presidente do Santa Cruz explica suspensão de leilão envolvendo o Arruda por ação de ex-zagueiro

Segundo André Frutuoso, o juiz suspendeu o leilão no Arruda por entender que não faz sentido bloquear o estádio, avaliado em mais de R$ 100 milhões por um débito que não chega a meio milhão

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Lucas Holanda

Publicado em 26/03/2021 às 11:32 | Atualizado em 26/03/2021 às 15:25
O José do Rêgo Maciel está ofertado por R$ 240 milhões no primeiro leilão e R$ 120 milhões no segundo - RAFAEL MELO/ SANTA CRUZ

Na noite da última quinta-feira, o Santa Cruz informou que o Departamento Jurídico do clube havia conseguido suspender um leilão no estádio no Arruda por conta de uma ação do ex-zagueiro Marcelo Magalhães, que defendeu a Cobra Coral em 2007, e que cobra cerca de 400 mil do Tricolor. O leilão do José do Rêgo Maciel, aliás, já iria acontecer no dia 12 de abril. Sobre essa suspensão, quem deu mais detalhes foi o vice-presidente executivo e jurídico do Santa Cruz, André Frutuoso. Em entrevista ao Jornal do Commercio, ele explicou como o clube conseguiu suspender essa bronca e também disse que existem mais ações que podem culminar em outras tentativas de leilão envolvendo o Arruda.

"É um processo que já vinha se arrastando há muitos anos e nós herdamos esse grande problema no Jurídico, que está com um volume grande de ações trabalhistas, penhoras e bloqueios. E uma dessas situações é esse processo, que estava com o Arruda para ser leiloado já no dia 12 de abril. A suspensão é por tempo indeterminado, não tem um prazo definido para o retorno do leilão. O juiz acolheu nosso pedido sustentando uma tese de que não faz sentido bloquear o estádio do Arruda, avaliado em mais de R$ 100 milhões, para um débito que não chega a meio milhão. Por isso mandou retirar o leilão e a gente crê que dificilmente essa decisão será revertida", explicou.

Ainda segundo o vice-presidente do Santa Cruz, o clube procurou o advogado do zagueiro Marcelo Magalhães na tentativa de buscar um acordo. Porém, segundo dirigente coral, o agente do atleta propôs o pagamento do débito de R$ 400 mil à vista, algo que está fora da realidade do Santa Cruz. No entanto, o Tricolor vai seguir buscando um acordo com o atleta para quitar essa dívida, mas desde que a negociação esteja dentro dos moldes que a Cobra Coral pode pagar, como por exemplo um parcelamentos mensal que respeite essa política de austeridade financeira.

Esta não é a única ação que pode colocar o Arruda em leilão. Segundo André Frutuoso, existem outros processos com o mesmo risco. No entanto, de acordo com o dirigente, o Jurídico do clube está atento com esses casos. Desde que a atual gestão do Santa Cruz assumiu o clube, no dia 18 de fevereiro deste mês, a nova direção coral tem tentado renegociar débitos passados. A política de austeridade financeira, aliás, é uma marca do grupo desde a campanha.

Na reunião do Conselho Deliberativo, o presidente Joaquim Bezerra divulgou os valores do passivo do clube, embora tenha ressaltado que os números ainda estão sendo confirmados. A priori, porém, o total é de R$ 157.358.290,95 milhões. Já os acordos trabalhistas totalizam R$ 100 milhões, enquanto os tributários estão em R$ 27 milhões e 700 mil, e os cíveis totalizam R$ 17 milhões. Além disso, os débitos com a Federação Pernambucana de Futebol chegam aos R$ 2 milhões, enquanto empréstimos com terceiros totalizam R$ 10 milhões.

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