Presidente do Santa Cruz, Joaquim Bezerra não poupou críticas ao discurso usado pelo técnico Alexandre Gallo na saída do Tricolor. Em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o mandatário coral disparou que a atitude do treinador foi covarde e deplorável. Na saída do Santa, Gallo disse, em um vídeo publicado pelo próprio clube, que o Tricolor só vai ter como oferecer condições mínimas de trabalho daqui a seis meses, além de outros pontos que depõem contra a Cobra Coral. Gallo deixou a equipe após três jogos no comando técnico, com duas derrotas e um empate.
"Nós temos apenas a lamentar. Foi uma atitude covarde e deplorável. O Alexandre Gallo não veio para o Santa Cruz sem saber as condições do clube, seja no ponto de vista financeiro, patrimonial ou do futebol. Ele foi orientado em duas entrevistas sobre o que acontecia no Santa Cruz. Quando ele chegou a Recife antes de assinar o contrato, fiz questão de levá-lo ao Arruda para mostrar todas as condições, estrutura e o que ele ira encontrar para trabalhar. Nada do que ele encontrou foi novidade", disparou Joaquim Bezerra.
O curioso é que o vídeo com Gallo fazendo críticas pesadas ao Santa Cruz continua nas redes sociais do clube, mesmo com a torcida pedindo constantemente para apagar e o próprio presidente afirmando que a atitude do ex-técnico coral foi covarde. Veja, abaixo, o discurso completo de Gallo na sua saída do Tricolor.
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Saiu sem nem falar com o presidente
Ainda em conversa com Ralph de Carvalho, Joaquim Bezerra destacou que a saída de Gallo foi repentina e que o treinador não procurou o presidente para uma conversa. No domingo, após a derrota vexatória para o Sete de Setembro, houve uma reunião para debater uma lista de jogadores que poderiam ser dispensados, além de um um acerto encaminhado entre um novo preparador físico pedido por Gallo e o clube coral. No entanto, no fim da manhã dessa segunda-feira, Gallo procurou o novo executivo de futebol, Fabiano Melo, solicitando uma reunião que culminou no pedido de demissão do treinador.
"Após o fracasso contra o Sete de Setembro, nós nos reunirmos na mesma noite e ele pediu a lista de jogadores que poderiam ser dispensados. Ele inclusive chegou a procurar um preparador físico que ele queria trazer para o Santa Cruz, deixou tudo acertado na noite do domingo. E aí ontem, 11 da manhã, ele procura nosso gerente de futebol recém contratado, Fabiano Melo, pede uma conversa e anuncia sua saída. Sequer teve coragem de falar comigo, porque sabia que tudo que ele iria argumentar seria derrubado, porque ele foi orientado e esclarecido da situação do Santa Cruz. Ele cometeu um ato totalmente covarde com o Santa Cruz. Infelizmente isso é uma questão de caráter e vamos ter que passar por isso", finalizou Joaquim.