'Foi uma precipitação a minha demissão no Sport', diz técnico Paulo Roberto Falcão

Treinador passou pelo Sport entre o fim de 2015 e o início de 2016. Foi demitido após o Leão ser eliminado pelo Campinense na semifinal da Copa do Nordeste de 2016
Lucas Holanda
Publicado em 14/04/2020 às 9:12
Falcão foi demitido logo após a eliminação do Sport na Copa do Nordeste para o Campinense. Foto: ANDRÉ NERY/ ACERVO JC IMAGEM


O ex-jogador e técnico Paulo Roberto Falcão foi demitido do Sport há quase quatro anos, mas ainda não esqueceu das qualidades de Pernambuco. Em entrevista ao programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal, o treinador elogiou bastante Recife e comentou a sua passagem pela equipe rubro-negra. "Tenho e muitas saudades do Recife. Algumas coisas me marcaram aí. A cultura do povo em um modo geral me marcou muito. Fiz grandes amigos em Recife, eu me sinto muito bem. A gastronomia é muito boa, as pessoas muito amigáveis e respeitosas. Minha filha, que tem 15 anos, vive dizendo: como é bom Recife, né, pai? Já fui algumas vezes passar férias aí depois que saí do Sport. Gosto muito de Recife", disse Falcão.

Falcão foi anunciado pelo Sport no dia 20 de setembro de 2015. O treinador chegou para substituir o então técnico Eduardo Baptista, que deixou o Leão para treinar o Fluminense. Na reta final da Série A daquele ano, o Rei de Roma comandou a equipe rubro-negra em 11 jogos, onde venceu sete, perdeu três e empatou um. Ao fim da primeira divisão, os pernambucanos ficaram em sexto, três pontos abaixo do G4, grupo que dava vaga na Copa Libertadores da América do ano seguinte - curiosamente a partir de 2016 o G4 virou G6.

No entanto, se 2015 foi bom para Falcão e o Sport, o começo de 2016 não foi. E os resultados ruins somados ao baixo rendimento da equipe, que parecia não conseguir engrenar, resultaram na demissão do treinador após a eliminação para o Campinense, em um duelo válido pela semifinal da Copa do Nordeste. Para o ex-treinador do Leão, a sua saída foi precipitada.

"Na realidade, eu deveria ter ficado mais no Sport. Foi uma precipitação a minha demissão. Nós mudamos o time em cinco posições por necessidade. O Élber que voltou para o Cruzeiro, o Marlone, Diego Souza, André e Wendel que saíram. Então nós tivemos que mudar o titular e consequentemente o banco. A gente tinha que construir alternativas. Nós tínhamos que fazer isso quando terminasse o Campeonato Brasileiro, onde a gente ficou perto de ir para a Libertadores", disse Falcão.

"Então a gente teve que fazer mudanças em um período onde toda a América do Sul estava de férias, então ficou muito reduzido, já que os jogadores brasileiros eram caros. Todos os jogadores que pedi eram muito caros para nós, um deles foi o Bruno Henrique, que na época tava no Goiás e hoje está no Flamengo. Ele era muito caro para gente. Então quando você muda muitos jogadores e você não tem para onde olhar muito, porque está todo mundo de férias no Brasil e na América do Sul, e não podíamos contratar antes e ir atrás de jogadores, porque aí desmereceríamos aqueles jogadores que quase colocaram o Sport na Libertadores. Por respeito a eles, nós começamos a trabalhar em renovações logo após do Campeonato Brasileiro. Então fica muito limitado", explicou o treinador.

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JOGO DA DEMISSÃO

Após vencer o Campinense por 1x0 na Ilha do Retiro, o Sport foi para o jogo de volta com a vantagem do empate. No entanto, em uma atuação apática, o Leão teve o placar devolvido e acabou sendo eliminado da competição nos pênaltis. "Quando eu montei as contratações, eu montei pensando em jogadores que gostaria de trabalhar, que entrariam na minha ideia de trabalho. Mas, infelizmente saí quando a gente perdeu nos pênaltis para o Campinense, na semifinal da Copa do Nordeste. Naquele jogo, nós não tínhamos o Rithely e o Durval, dois jogadores importantíssimos. Mas é isso. Achei que poderia ter contribuído mais se tivesse ficado mais tempo. Mas está tudo certo. Sempre torço para que o Sport faça um bom campeonato", finalizou.

PODCAST

Mesmo com a pandemia do novo coronavírus afetando o mundo todo, o futebol segue sendo debatido no podcast Liga do Escrete, um podcast da Rádio Jornal especializado em futebol internacional. No episódio desta semana, uma overdose de Copa do Mundo e Seleção Brasileira. Para você, quais os maiores meias que já vestiram a amarelinha? Qual seria o time ideal combinando os jogadores que disputaram as Copas do Mundo de 1982 e 2002 pelo Brasil?

Além desses temas, o programa também trouxe o tradicional duelo envolvendo um craque do passado x craque da atualidade. Nesta semana, o embate foi entre Modric x Seedoorf. Quem você prefere? Também relembramos um grande jogo da Copa do Mundo de 2010, onde o atacante Luiz Suárez saiu de vilão para herói com a camisa do Uruguai. Ah, na trilha sonora do programa... Queen! Você pode ouvir o podcast desta semana através do site da Rádio Jornal ou no seu aplicativo de podcast favorito.

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