Advogado do ex-goleiro Magrão, Leonardo Laporta declarou que ainda não sabe se vai entrar com recurso na Justiça do Trabalho contra a suspensão do acordo com o Sport. Ele frisou que o escritório que comanda está estudando o processo para definir o próximo passo. O que deve acontecer no início da próxima semana, segundo o representante do ídolo rubro-negro revelou em contato com o Jornal do Commercio e Blog do Torcedor.
"Meu escritório está analisando direito a decisão proferida no processo para decidirmos o que será feito", afirmou o advogado de Magrão.
A Justiça do Trabalho suspendeu por 90 dias o acordo firmado entre o ex-goleiro e o Sport em julho do ano passado. Na ocasião, ambas as partes chegaram ao denominador comum de 44 parcelas fixas de R$ 42.613,00. A quantia total paga pelo Leão no fim do acordo será de R$ 1.875.000,00.
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A juíza substituta Maria Carla Dourado de Brito Jurema, 10ª Vara do Trabalho do Recife, explicou a decisão no despacho. "Assim, para que não sejam demasiadamente prejudicados o reclamante e o reclamado, resolvo suspender o acordo, por 90 dias, após o retorno das atividades esportivas", escreveu.
"O acordo reiniciará após o término da suspensão acima, devendo o pagamento ser feito, pelo valor integral da parcela, a cada dia 15 do mês", disse. "Destaque-se que o sufocamento econômico do clube reclamado poderá levar à demissão de outros atletas, além de demais funcionários, com prejuízo para a economia do Estado e País", reiterou.
Nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio Jornal, o presidente Milton Bivar contou que o Sport deve receber a qualquer momento um empréstimo obtido em uma agência bancária. A ideia dele é com esse valor honrar os compromissos atrasados com os funcionários e jogadores. Atualmente, de acordo com o mandatário, os salários atrasados são referentes aos meses de março e abril.
Ele havia deixado claro em outras entrevistas a situação financeira do Sport estava difícil em meio à pandemia do novo coronavírus. Isso porque as receitas caíram bastante, e basicamente, se resumem ao arrecado com as mensalidades dos sócios e a cota da TV na Série A do Campeonato Brasileira de R$ 500 mil. O que sofreu redução de 75% enquanto os jogos estiverem paralisados no Brasil.