O técnico Vanderlei Luxemburgo aceitou suspender o pagamento do acordo que realizou com o Sport no fim do ano passado. A postura do atual treinador do Palmeiras, que está afastado das atividades após ser diagnosticado com covid-19, foi bastante elogiada pelo presidente rubro-negro Milton Bivar. Ele comentou que o ex-comandante do Leão aceitou sem empecilhos que a repactuação da dívida fosse paga somente depois da pandemia do novo coronavírus. A paralisação no futebol por causa da doença potencializou a crise financeira do clube pernambucano e gerou uma série de atrasos nos compromissos.
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"Foi um acerto feito tranquilamente com ele lá atrás. Deu tudo certo e teve problema nenhum. Ficou muito feliz, pois demonstrou ter um grande caráter e compreensivo com o cenário atual. Foi um gesto de grandeza dele", afirmou o mandatário rubro-negro.
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Luxemburgo comandou o Sport em 2017 e conquistou o título do Campeonato Pernambucano. Na ocasião, disputou 34 jogos e obteve 11 vitórias, oito empates e 15 derrotas. No fim do ano passado, ambas as partes acertaram a repactuação da dívida de R$ 700 mil. O valor seria pago com uma entrada e um parcelamento a partir do mês de junho. Recentemente, o Leão também conseguiu suspender o pagamento do acordo de mais de R$ 1 milhão com o goleiro Agenor durante a pandemia.
Apesar do novo alívio financeiro, o Sport ainda precisa conviver com outras dívidas financeiras. Somente na Comissão Nacional de Resolução e Disputa (CNRD), o time rubro-negro acumula processos que juntos correspondem a R$ 13 milhões. Sem contar com a pena na Fifa de quase R$ 6 milhões que precisa pagar ao Sporting, de Portugal, referente a compra do atacante André, em 2017, que o time português provou na Justiça que não recebeu nenhuma quantia.
Além disso, o Sport acumula um passivo de mais de R$ 189 milhões. Desse valor, mais de R$ 150 milhões equivale a dívida a curto prazo. Ou seja, que o Leão precisa quitar até o fim de 2020. Situação que ficou complicada diante da paralisação no futebol, já que o clube sofreu uma grande queda nas receitas. Principal fonte, a cota dos direitos de transmissão foi reduzida em 75% no período de inatividade, incluindo o abatimento do adiantamento de outras gestões no valor de R$ 16 milhões. O que gerou uma parcela de apenas R$ 500 mil por mês.