A Strada é um fenômeno de vendas por causa de sua versatilidade e por reunir uma série de atributos. A pequena picape da Fiat conta com uma ampla gama para atender aos mais variados públicos e vai além de um carro de trabalho, como outras caminhonetes. A Ranch automática com motor turbo é a top de linha, justamente a que acabamos de testar nas ruas do Grande Recife.
Para entender o poderio, o carisma do carro e o bom número no ranking de vendas (foi o carro mais comercializado do Brasil nos últimos dois anos) basta dirigir. Testamos a Strada Ranch turbo e podemos cravar: a Strada é pau pra toda obra.
Em outras palavras, essa picape atende diferentes perfis de consumidor. Se o motor 1.3 aspirado tinha boas médias de consumo, mas não era dos mais dispostos, essa nova opção turbo deixa a Strada bem esperta para qualquer situação.
E isso faz uma boa opção de carro para a família. Atende quem quer um veículo particular para uso diário, pois temos bom nível de conforto pra ninguém botar defeito. E para aquele patrão que precisa de uma caminhonete pequena para o seu negócio ela é uma grande parceira. O motor 1.0 turbo de 130 cavalos faz com que a Strada tenha mais disposição para carregar peso. Essa versão pode transportar até 650 quilos em sua caçamba e faz ela sofrer menos que o propulsor 1.3.
O interior é bem honesto e conta com ar-condicionado digital automático, sistema de mídia com espelhamento sem fio, carregador por indução e bancos de couro. O visual é outro ponto positivo. Essa versão tem nova grade frontal e novos faróis de LED. O preço é de R$ 137 mil.
São muitos pontos positivos na picape, mas ela bem que poderia vir com mais itens de segurança. Não há assistentes de condução, como controle de cruzeiro adaptativo, tampouco alertas que evitam colisões, como detector de ponto cego ou de saída de faixa.
A Strada Ranch oferece 4 airbags e controle eletrônico de estabilidade. A picape não tem tração 4x4, mas oferece um sistema que ajuda a passar por trechos com pouca aderência. Não chega a ser um off-road raiz, mas ajuda muito.
Na teoria, a briga da Strada seria com a Volkswagen Saveiro, porém, a Fiat mira clientes da Renault Oroch e Chevrolet Montana. O porte é inferior a essas duas últimas, mas o nível de tecnologia é compatível e não é nenhum absurdo imaginar que a picape compacta da Fiat possa tirar clientes de um segmento superior, desde que não mexa com sua irmã maior Toro. Afinal, não seria nada legal ver a família brigando justamente no momento em que a Fiat lança um modelo maior que elas, a Titano. Só que aí é uma outra história que a gente vai contar nas próximas semanas quando recebermos a picape para testes.
Por Matheus Albino