Sempre considerado estratégico no mapa político do País, o colégio eleitoral de Minas já é alvo de intensa disputa nesta pré-campanha presidencial. Enquanto João Doria e Eduardo Leite travam duelo em campo aberto (e privado) pelos votos da militância tucana mineira nas prévias do PSDB, outros presidenciáveis também avaliam que reforçar suas posições no Estado é fundamental na decolagem rumo a 2022. O entorno de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por exemplo, entende que "amarrar" Minas é condição fundamental para sua candidatura.
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No comando do Novo, a pré-candidatura de Luiz Felipe dAvila a presidente também é vista com otimismo porque o partido está à frente do governo de Minas, com Romeu Zema. A leitura é de que não existe plataforma de lançamento melhor no País.
Costura ampla
A costura de Rodrigo Pacheco, porém, também tenta atrair o apoio de Zema, caso Alexandre Kalil (PSD) não seja candidato ao governo, e até uma parte do PSDB, ligada a Aécio Neves, além de apoios avulsos do Centrão.
Cobiçado
A propósito, Zema, em viés de alta nas pesquisas de avaliação de governo, segue sendo o palanque dos sonhos de Jair Bolsonaro em Minas.
Histórico
Pela esquerda, Lula espera repetir as performances de 2002 e 2006 em Minas e conta com o lançamento da candidatura de Kalil ao governo. O petista acha que em eventual segundo turno pode ter apoio do atual prefeito de Belo Horizonte em 2022.
Se liga
"Minas recebe influência das cinco regiões do País. Essa síntese transforma Minas em um Estado pouco ideológico. Uma região bem dividida, com preferências diferentes, espécie de área perfeita para teste nacional de produto", diz o cientista político Felipe Nunes, sócio e fundador da Quaest Consultoria.
Sonho
Como diz um conhecedor da política mineira, o sonho de Pacheco é sair ungido candidato a presidente de Minas, à moda JK.
Na estrada
João Doria reuniu, na sexta-feira, 8, 13 prefeitos, um vice-prefeito e ex-prefeitos em evento de sua campanha nas prévias do PSDB. O encontro foi no Vale do Paraíba (SP), onde Eduardo Leite esteve recentemente.
Tirar máscaras?
Enquanto o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prega contra a obrigatoriedade do uso de máscara cirúrgicas, governadores devem adotar um caminho de cautela.
Calma…
Presidente do fórum de governadores, Wellington Dias (PT-PI) tem defendido que o Brasil adote critérios como os de Portugal. Ele quer o fim da obrigatoriedade de máscaras somente quando 80% dos brasileiros estejam totalmente vacinados
...lá
"Não é uma competição de quem libera a máscara primeiro. Na autorização para não mais tornar obrigatório o uso da máscara, devemos também seguir a ciência. Com 80% da população vacinada, controlamos a covid-19 e saímos da pandemia", afirma Dias.
* COM MATHEUS LARA
PRONTO, FALEI!
Átila Iamarino
Biólogo, pesquisador e divulgador científico
"Se não posso fumar dentro do metrô, por que poderia ficar sem máscara, expondo todo mundo em uma pandemia?", sobre o uso obrigatório de máscaras.