COLUNA DO ESTADÃO

PISO DA ENFERMAGEM se tornou problema para governo Bolsonaro

Bolsonaro indicou que iria sancionar o texto que estabelece o piso de R$ 4.750 para a categoria, mas seus aliados agora consideram que o presidente será criticado tanto se sancionar quanto se vetar o PL

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Mariana Carneiro

Publicado em 28/07/2022 às 7:00 | Atualizado em 28/07/2022 às 7:37
MANIFESTAÇÃO Tem que atacar meu governo, diz o presidente - MARCOS CORRÊA/PR

Aprovada por ampla maioria no Congresso, o Piso da Enfermagem se tornou um problema para Jair Bolsonaro. O presidente indicou que iria sancionar o texto que estabelece o piso de R$ 4.750 para a categoria, mas seus aliados agora consideram que ele será criticado tanto se sancionar quanto se vetar o PL.

Como não há previsão de fonte de custeio, Bolsonaro será alvo de questionamentos sobre a criação de mais uma despesa sem saber como pagá-la - a exemplo da manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.

Membros do Centrão aconselharam Bolsonaro a vetar o texto, mas o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, insiste na sanção. O prazo para Bolsonaro se decidir termina no dia 4.

TAMANHO

O Piso da Enfermagem amplia os gastos do governo federal em cerca de R$ 16 bilhões por ano - o que equivalente a todo o valor reservado às emendas do orçamento secreto em 2022.

GOSTO

Após ignorar a questão das urnas e do STF em discurso na convenção do PP, Ciro Nogueira disse que "esse não é seu tema preferido".

ECONOMIA

O ministro da Casa Civil disse ainda que o governo não planeja responder aos manifestos em prol da democracia, como a Carta aos Brasileiros, organizada pela Faculdade de Direito da USP. Bolsonaro chamou a iniciativa de "cartinha". "Nosso manifesto vai ser para reduzir a inflação. Esse é o nosso foco", disse Nogueira à Coluna.

SEPARADO

Com o aval de Aécio Neves, o PSDB em Minas deve anunciar na próxima semana a aliança com o PDT no Estado.

FECHOU

O PT reduziu de sete para cinco os Estados onde os palanques de Lula seguem indefinidos. O partido confirmou o apoio a Eduardo Braga (MDB) no Amazonas e manterá a candidatura de Paulo Mourão no Tocantins.

AMEAÇA

MT, GO, RJ e MS ainda dependem de negociações. No Rio, para pressionar o PSB a obrigar Alessandro Molon desistir da disputa ao Senado, petistas estão espalhando que Lula vai subir no palanque de Marília Arraes (Solidariedade), concorrente de Danilo Cabral (PSB), em Pernambuco.

DE MAL

Citado por Lula na entrevista ao UOL, o pastor Silas Malafaia negou ter sido bem tratado pelos governos do PT, como disse o petista. "Fui muito bem tratado com uma perseguição da Receita Federal. Até hoje eu respondo (às ações). Isso foi perversidade e maldade em cima da igreja".

MAIS 1

Representantes das seis maiores centrais sindicais, como Força e CUT, deliberam nesta quinta sobre a adesão à Carta aos Brasileiros. O texto já recebeu o endosso de acadêmicos e de entidades empresariais, como a Fiesp e a Febraban.

MAIS 2

Os representantes das centrais vão se reunir no dia 1º de agosto com o presidente do TSE, o ministro Edson Fachin. "Vamos falar da preocupação dos trabalhadores com a escalada da violência nas eleições", diz Miguel Torres, da Força

COM JULIA LINDNER E GUSTAVO CÔRTES

PRONTO, FALEI!

Jonas Donizette

Ex-prefeito de Campinas (PSB)

"Me dispus a ser vice porque o PT disse que era o mais complementar. Agora, dizem que Haddad quer uma mulher. Para ele ficar confortável, retirei meu nome."

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