O Jornal do Commercio (JC) foi fundado no Recife, capital do Estado de Pernambuco, em 3 de fevereiro de 1919, por F. Pessoa de Queiroz, empresário, advogado, diplomata e político. É o mais antigo veículo de mídia do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, que atualmente é integrado também pela Rádio Jornal, TV Jornal Recife, TV Jornal Caruaru e emissoras da Rádio Jornal no Recife, Caruaru, Limoeiro, Pesqueira, Garanhuns e Petrolina.
O Jornal do Commercio é um dos mais antigos do Brasil e nasceu engajado num ideal, em plena campanha de Epitácio Pessoa à Presidência da República. Durante a Revolução de 30, o periódico enfrentou sua primeira grande crise, quando partidários de João Pessoa depredaram e incendiaram a empresa. A investida tirou o jornal de circulação durante três anos.
Nos anos 40 e 50, tornou-se um dos mais importantes do Nordeste. Foi nessa época que foram inauguradas a antiga Rádio Jornal do Commercio (hoje apenas Rádio Jornal) e as difusoras em Caruaru, Limoeiro, Garanhuns e Pesqueira. A TV Jornal do Commercio (hoje TV Jornal), no Canal 2, somou-se ao grupo no início dos anos 60.
Na década de 70, a empresa entrou em crise, que chegou ao ápice em 1987. Uma greve tirou o jornal das bancas durante 41 dias. Em 1987, todo o Sistema Jornal do Commercio foi adquirido pelo empresário João Carlos Paes Mendonça, que na época era presidente da Rede de Supermercados Bompreço e hoje preside o Grupo JCPM, com negócios nas áreas de shopping, imobiliária e de comunicação.
A partir desse momento, a área de comunicação recebeu grandes investimentos e reformulações no parque gráfico, em sistemas de informação e na área editorial. "Não fizemos tudo com o que sonhamos, mas fizemos mais do que nem mesmo imaginávamos naqueles primeiros dias de uma empresa que encontramos febril e convalescente", relembrou, no Especial de 100 anos do JC, o empresário João Carlos Paes Mendonça.
Em 3 de abril de 2019, o Jornal do Commercio celebrou 100 anos de circulação. Ao longo dos seus 100 anos de história, além de todo o prestígio contemplado com inúmeras conquistas e prêmios, o JC superou diversos obstáculos, como crises econômicas e censuras.
Após o período de turbulência encerrado em 1987, assumiu a Diretoria de Redação o jornalista Ivanildo Sampaio, profissional de larga experiência com passagens pela TV Globo, Revista Manchete e outros veículos nacionais. Sampaio foi um dos mais longevos diretores de redação do país, ficando à frente do JC por quase três décadas como executivo dos negócios de comunicação do Grupo JCPM.
No especial do Centenário, o empresário João Carlos Paes Mendonça resumiu a importância do trabalho à frente do JC: "Passar dez décadas empenhando esforços, sem esmorecer, mostra a firmeza de um propósito. Ao colocar em circulação o Jornal do Commercio, em 3 de abril de 1919, os Pessoa de Queiroz – seus fundadores – estamparam na capa a necessidade de integrar o desenvolvimento da região Nordeste ao restante do País e de dar voz, naquela época, às chamadas 'classes produtoras'. Era o início de uma publicação que teria sua história marcada pela defesa do bem comum e, mais ainda, do Estado de Pernambuco. Desses cem anos de existência, falo com propriedade das três últimas décadas, período em que passei a atuar no setor da comunicação e em que assumi o desafio de levar adiante o Jornal do Commercio."
Ainda no Especial de 100 anos do JC, Ivanildo Sampaio falou sobre sua estratégia para reerguer o jornal "Quando assumi, eu não tinha com quem trabalhar. Então, eu fui até a universidade e convidei os alunos mais talentosos, segundo referências dos coordenadores do curso, para virem trabalhar comigo, como estagiários. Com isso, consegui trazer uma equipe muito talentosa de jovens", disse. Aposentado em 2015, Sampaio assumiu a coordenação do Comitê Editorial do SJCC.
Desde março que o Jornal do Commercio iniciou uma trajetória 100% digital. Saiu de cena o jornal impresso e permanece a notícia responsável por meio do site do JC (jc.com.br) e do aplicativo do JC para celulares e tablets. Visualmente, o leitor vai poder acessar uma versão digital igual ao desenho do impresso, simulando a leitura de páginas, de forma mais moderna e confortável.