Uma história que começou em 1962, com o protagonismo de Pernambuco, ao criar a Central de Abastecimento de Pernambuco S/A (CAPESA).
É nesse mesmo ano, no dia 16 de outubro, também conhecido como o Dia Mundial da Alimentação, que o Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (CEASA/PE) começa a fazer história, passando a alimentar não só os pernambucanos, mas a economia do estado.
"Poucos sabem, mas na década de 60, após estudos técnicos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, a SUDENE, foi criada a primeira Ceasa brasileira, na época a CAPESA. Esse movimento inspirou o governo federal a criar outras Ceasas pelo país anos mais tarde. Então, podemos perceber que o CEASA Pernambuco traz desde a sua origem um protagonismo e vanguarda", detalha o presidente do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco, Bruno Rodrigues.
O CEASA/PE passou de uma sociedade de economia mista para a atual Organização Social (OS) no ano de 2004, como reguladora do abastecimento de hortifrutigranjeiros.
Com isso, ela tornou-se a primeira do sistema Ceasa do país a adotar o padrão de gerenciamento administrativo com a participação, interativa e participativa, dos seus permissionários. Além disso, atualmente, o Centro ocupa a quarta posição no ranking de competitividade das centrais de abastecimento e a liderança dos entrepostos Norte e Nordeste.
Com um diversificado mix de produtos e uma gama significativa de hortifrutícolas convencionais, como frios, laticínios, cereais, estivas, pescados, carnes e derivados, flores, entre outros, o Centro, atualmente, conta com um fluxo diário médio de 70 mil pessoas no local.
Para garantir a segurança e uma logística funcional, o CEASA/PE tem na sua estrutura, além dos agricultores e comerciantes, mercado, bancos, postos de combustíveis, diversos restaurantes e lanchonetes, circuito interno de TV, posto médico, profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Corpo de Bombeiros.
"Somos referência econômica com números mais expressivos do que vários municípios pernambucanos. Estamos entre os maiores contribuintes do Imposto Sobre Serviços, o ISS, temos uma taxa de crescimento de 9% ao ano em volume de produtos comercializados, uma forte geração de emprego e renda e uma circulação financeira mensal na casa de meio bilhão de reais. Com isso, disputamos a terceira posição no cenário nacional, competindo com São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em um universo de 72 Ceasas no Brasil", complementa o presidente da CEASA/PE.
Mesmo com 60 anos de atuação, planejar o futuro faz parte das atividades da presidência do Centro. A vanguarda que, em 1962, demonstrou o seu protagonismo, continua reforçando sua importância.
"Quando penso no futuro, numa perspectiva social global, não posso deixar de lembrar da agenda de desenvolvimento sustentável proposta pela ONU para os próximos 15 anos, a Agenda 2030. Inclusive, já estamos nos adequando aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com a meta de sermos uma ODS, nesse esforço conjunto de países, instituições, empresas e sociedade civil. Por isso, além dos projetos que já temos, entre as nossas propostas, pretendemos nos adequar a essa agenda, mudando nossa cultura interna e criando, por exemplo, uma creche para os servidores do Ceasa com a perspectiva de que ela se estenda gradativamente aos permissionários e usuários", acrescenta Bruno Rodrigues.
O desafio de manter o desenvolvimento do CEASA/PE não é tarefa fácil diante do seu impacto não só estadual, mas em todo o Nordeste. Com programas que repercutem em toda sociedade, é através deles - como a Feira de Produtos Orgânicos, Reciflor, Sopa Amiga e o Adubo Sustentável -, que os pequenos agricultores e pernambucanos podem gerar renda, plantar, produzir e se alimentar. Além deles, outras iniciativas como as Hortas Comunitárias e o Programa de Monitoramento de Resíduos Agrotóxicos também contribuem para o expressivo trabalho que o Centro realiza diariamente.
"É uma grande honra presidir o maior centro de abastecimento do Norte e Nordeste e trazer modernidade e tecnologia a uma empresa tradicional que está completando 60 anos, e que comercializa um volume médio de cerca de meio bilhão de reais por mês. Para isso, busco inspiração em um dos idealizadores do Ceasa, Josué de Castro, meu tio avô, que se destacou por seu trabalho sobre a Geografia da Fome no Brasil, suas causas e os meios para combatê-la. Toda minha lógica de gestão busca considerar os aspectos e impactos sociais do universo Ceasa, sua história e as demandas por modernidade e adequação às novas tecnologias", arremata Bruno.
São 580.000 m² e uma geração de 55 mil empregos diretos e indiretos que reforçam a importância que o Centro tem. Buscando ampliar significativamente a relevância no mercado brasileiro, o CEASA/PE já vem estruturando projetos que irão contribuir para se manter alinhado com a tecnologia.
"O Ceasa precisa reforçar seu protagonismo e aproveitar as oportunidades que as novas tecnologias nos apresentam. E as perspectivas são as melhores, pois isso, vai acontecer, a partir da solução de questões estruturais básicas, a troca de toda a iluminação por lâmpadas led com gestão inteligente, e de segurança, com a ampliação do número de câmeras, inclusive com a adoção de softwares de reconhecimento facial e identificação das placas dos veículos integradas ao Cadastro Nacional de Veículos Roubados", pontua Bruno Rodrigues.
Além disso, está sendo criado um pátio de estacionamento exclusivo para caminhões, contribuindo para descongestionar as vias; um estudo de viabilidade técnica para implantação da terceira via de acesso ao CEASA/PE pela BR 232 está sendo finalizado para uma possível nova rota alternativa para os usuários e também está nos planos da presidência a criação de seis mini Ceasas, contemplando a Marta Norte, Mata Sul, Agreste Setentrional, Agreste Meridional, Sertão do São Francisco e Sertão Central.
"Mesmo depois de 60 anos, continuamos investindo e pensando novos projetos para o Centro. Está em nosso planejamento a disponibilização do acesso gratuito à rede Wi-Fi para todos os consumidores e visitantes, a implantação de um programa de Compliance associado a uma Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a fim de que possamos garantir a proteção de dados e implementar controles de segurança preventivos e detectivos para os negócios que são realizados. Temos inclusive a meta de criar uma plataforma de negócios, algo assim como um shopping virtual, um sistema como Marketplace, onde o cliente possa comparar preços, comprar e retirar, ou mesmo receber por delivery, e os vendedores possam mostrar seus produtos numa espécie de vitrine online", finaliza.