O FMI e o Banco Mundial pediram nesta quarta-feira (25) aos credores bilaterais dos países mais pobres que "congelem o pagamento das dívidas" para que possam liberar dinheiro para combater a pandemia de coronavírus.
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A pausa permite analisar a situação e as necessidades de cada país, destacaram as duas instituições."O Banco Mundial e o FMI acreditam que é imperativo, nesse momento, passar um sentimento global de alívio aos países em desenvolvimento, assim como um forte sinal aos mercados financeiros", indicam no comunicado.
O pedido aponta para os países qualificados pedir a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), um fundo destinado aos "dois terços da população mundial em extrema pobreza". "A crise do coronavírus pode ter consequências econômicas e sociais severas para os países (do grupo) IDA, que abrigam um quarto da população mundial e dois terços da população mundial que vive em extrema pobreza", ressaltam.
FMI e BM também pediram ao G20 que os encarregue da tarefa de avaliação, para elaborar a lista de países com dívidas insustentáveis e, assim, trabalhar em uma restruturação.
"Convidamos os líderes do G20 a confiar ao Grupo do Banco Mundial e ao FMI essas avaliações, incluindo a identificação de países com situações insustentáveis de dívida, e a preparação de uma proposta de ação abrangente da parte dos credores bilaterais" em termos financeiros e de alívio da dívida.
A proposta será apresentada para aprovação nas reuniões de primavera (hemisfério norte) de ambas as organizações, programadas para os próximos 16 e 17 de abril. Os chefes de Estado dos países membros do G20, que reúne as nações mais ricas e emergentes, realizarão uma videoconferência na quinta-feira para discutir o impacto do novo coronavírus no mundo.
Na América Latina e no Caribe, nações como Haiti, Honduras, Nicarágua ou Guiana fazem parte desse grupo. No final do ano fiscal de 2019, em junho, a IDA comprometeu US$ 22 bilhões, 36% na forma de doações, segundo dados do Banco Mundial.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.