Uma boa notícia foi dada através de uma pesquisa científica da Academia Chinesa das Ciências, onde dois medicamentos específicos contra o novo coronavírus foram descobertos. As substâncias impedem que o Sars-CoV-2 se multipliquem dentro do corpo humano.
A pesquisa, que foi coordenado por Wenhao Dai, foi realizada através de uma análise estrutural do vírus, em particular com a enzima protease. Quando as moléculas inibidoras desta enzima, denominadas de 11a e 11b, enfrentaram os primeiros testes tiveram resultados positivos, ou seja, conseguiram inibir a ação da protease do vírus. Em experimentos realizados em ratos, os inibidores da protease 11a mostraram baixa toxicidade, e para essa molécula os testes seguem para fase pré-clínica em busca de obter novos resultados.
Os dois medicamentos chineses juntam-se a outro descoberto na Holanda, capaz de atuar na mesma enzima, e um na Alemanha, que age contra a proteína spike - que é uma proteína em formato de T considerada a chave que abre a fechadoura da célula do hospedeiro, permitindo que o Sars-Cov-2 entre na célula humano onde libera seu material genético, produz cópias dele mesmo e infecta o organismo.
Desta forma, as quatro moléculas podem se tornar os primeiros remédios a serem usados contra uma doença que se sabe muito pouco, a Covid-19. Caso sejam considerados seguros, os medicamentos poderão ser testados em seres humanos em breve. No entanto, ainda não há data para que sejam disponibilizados.
Para acelerar o processo de localização de remédios que podem ser usados no combate a doenças que sejam consideradas novas, a coligação Reframe foi criada. Ela torna possível a mais vasta busca por remédios e é promovida pelo Instituto Scripps, na Califórnia, com apoio financeiro da Fundação Bill & Melinda Gates. Por conta disso, no combate à Covid-19 fármacos de outras doenças estão sendo utilizados para acelerar o processo.
Dentre os medicamentos que estão sendo testados em hospitais e pesquisas para agir contra o coronavírus, estão o remdesivir, que fioi criado para o combate da ebola, a cloroquina e hidroxicloroquina, usados para o combate da malária, artrite reumatoide e lúpus, além de alguns antirretrovirais, como o lopinavir e o ritonavir, utilizado no combate ao HIV. O camostat, que age contra doenças de fígado e pâncreas, e o tocilizumabe, que combate inflamações causadas pela crise comunitária provocada pelo HIV também estão em testes.
Todos os dias, de domingo a domingo, sempre às 20h, o Jornal do Commercio divulga uma nova newsletter diretamente para o seu email sobre os assuntos mais atualizados do coronavírus em Pernambuco, no Brasil e no mundo. E como faço para receber? É simples. Os interessados podem assinar esta e outras newsletters através do link jc.com.br/newsletter ou no box localizado no final das matérias.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.