A Índia ultrapassou 500.000 infectados com o novo coronavírus - apontam dados do governo divulgados neste sábado (27), os quais mostram um salto recorde diário de 18.500 novas infecções. O governo informou que 385 novas mortes foram registradas nas últimas 24 horas, elevando o saldo de óbitos para 15.685.
De acordo com os epidemiologistas, ainda faltam várias semanas para se chegar ao ponto crítico, o que significa que o país pode passar de um milhão de infectados antes do final de julho.
O país se encontra na fase de desconfinamento, mas alguns Estados estão considerando a possibilidade de reintroduzir a medida, diante do crescente número de casos de contágio.
O novo coronavírus circula de maneira preocupante nas cidades densamente povoadas, especialmente em Nova Délhi, a capital. Com mais de 80.000 casos, superou Mumbai, até então a mais afetada. Autoridades locais consideram possa chegar a meio milhão de infectados até o final de julho.
O governo indiano tem sido amplamente criticado por sua lentidão na realização de testes de diagnóstico, algo que, segundo os críticos, esconde a propagação real da pandemia no território.
Com 1,3 bilhão de habitantes - o segundo país mais populoso do planeta, atrás da China -, a Índia é a quarta na lista no número de casos de COVID-19, atrás de Estados Unidos, Brasil e Rússia, mas apresenta um balanço muito inferior de mortes.
Todas as cidades se preparam para o pior. "A menos que possamos aplicar um mecanismo de distanciamento físico estrito, ou um duro confinamento, é provável que estejamos caminhando para uma situação em que a taxa de infecção continuará aumentando", diz o especialista em Saúde Pública Anant Bhan.
Ele considera a possibilidade de vários picos de contágio nos próximos meses, já que a pandemia se espalhará "de maneira variável pelo país".
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.