Cientistas da Universidade de Oxford, responsáveis pelos estudos mais promissores na busca pela vacina do coronavírus, também avançam em estudo paralelo para anticorpos contra a doença causada pelo coronavírus. Segundo pesquisadores, a terapia é importante para idosos, grupo de risco do coronavírus, e pessoas que não respondam bem ao tratamento com uma eventual vacina, que ainda está em fase de desenvolvimento.
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O executivo-chefe da AstraZeneca, grupo farmacêutico parceiro da universidade britânica disse que o tratamento é uma "combinação de dois anticorpos", ou "anticorpos clonados", para tentar diminuir o risco de resistência a um deles. Os cientistas também disseram que os testes estão em "velocidade máxima", e esperam que o tratamento entre em produção já no próximo ano.
Os anticorpos são diferentes das vacinas no tratamento. Neles, a defesa do organismo é injetada diretamente no sangue do paciente, armando o corpo para neutralizar o vírus, e pode ser decisiva nos primeiros estágios da covid-19.
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Já as vacinas, estimulam o sistema imune a produzir a própria defesa. Em ambos os casos, seja com a vacina ou a terapia de anticorpos, a intenção é a redução ou o impedimento da replicação do vírus no organismo, acelerando a recuperação.
Tratamentos semelhantes com anticorpos já se mostraram eficientes contra outras doenças virais, como H1N1. Agora, a busca é pela comprovação da eficácia contra o Sars-CoV-2.
Por mais que a eficácia do tratamento possa ser vital, principalmente para idosos, os executivos reafirmam a vacina como prioridade. Eles justificam a prioridade pelos custos, já que terapias com anticorpos são mais caras que vacinas.
A AstraZeneca anunciou, nesta semana, acordos internacionais para a produção de 1,7 bilhão de doses da vacina, e continua em busca de novos parceiros. Os acordos já firmados são com o Reino Unido, Estados Unidos, CEPI (Coalition for Epidemic Preparedness Innovations), Aliança de Vacinas (Gavi), e o Instituto Serum, da índia, um dos maiores fabricantes mundiais de vacinas. O instituto indiano está explorando parcerias "paralelas" com a AstraZeneca e pode aumentar o financiamento para o tratamento com anticorpos.
Das mais de 100 vacinas contra o coronavírus em desenvolvimento no mundo, a de Oxford é a que está na fase mais avançada das testagens, na terceira, que vai medir a eficácia do imunizante em pelo menos 10 mil pessoas. A meta dos pesquisadores é conseguir um registro provisório da vacina e um sinal verde dos órgãos reguladores para o uso em caráter emergencial antes do fim deste ano.
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A vacina também será testada no Brasil , em pelo menos dois mil voluntários dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O Brasil é o primeiro País fora do Reino Unido a participar da testagem e foi escolhido para participar do teste porque a pandemia ainda está em ascensão. O País está em negociações para se tornar um dos produtores mundiais da vacina, a produção brasileira abasteceria toda a América Latina. O acordo do governo com a iniciativa privada colocaria o País na dianteira, em um momento em que corria o risco de estar no fim da fila da vacina.