Coronavírus: Reino Unido diz que risco de volta às aulas é baixo

No documento, que cita dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês), professores e funcionários das escolas apresentam o mesmo risco de contágio que trabalhadores de outras atividades
Estadão Conteúdo
Publicado em 23/08/2020 às 13:39
O documento aponta que os riscos para crianças e seus familiares decorrentes da reabertura das escolas em meio à pandemia é pequeno, e menor do que os problemas educacionais causados pelo fechamento dos estabelecimento Foto: REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados


Em documento assinado pelos chefes dos serviços médicos da Inglaterra, do País de Gales, da Escócia e da Irlanda do Norte, o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido afirma que os riscos para crianças e seus familiares decorrentes da reabertura das escolas em meio à pandemia é pequeno, e menor do que os problemas educacionais causados pelo fechamento dos estabelecimentos.
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"Muito poucos, se algum, crianças ou adolescentes terão problemas a longo prazo decorrentes da covid-19 apenas por voltar à escola. Isso deve ser comparado à certeza de danos a longo prazo a muitas crianças e jovens por não irem à escola", afirma o texto. A argumentação é de que crianças em idade pré-escolar têm menores chances de contrair a doença, são menos internadas por causa dela e estatisticamente têm quadros menos graves do que pessoas mais velhas.
Ainda de acordo com o documento, que cita dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês), professores e funcionários das escolas apresentam o mesmo risco de contágio que trabalhadores de outras atividades. Para os pais de alunos, o risco de é mais baixo do que o de transmissão por outros adultos. Neste domingo, o Reino Unido registrou 1.041 novos casos da covid desde ontem, elevando o total a 325.642. Foram 6 novas mortes, e o total chega a 41.429.

NÚMERO DE CASOS

Na Itália, que pretende reabrir escolas nas próximas semanas, o governo da Sicília ordenou que todas as casas para migrantes na ilha sejam fechadas até amanhã. Entretanto, embora alguns migrantes tenham testado positivo para o vírus, a maior parte da recente alta de casos veio de viajantes retornando de resorts no Mar Mediterrâneo e da Sardenha. A Itália tem 258.136 casos confirmados até hoje. A alta registrada ontem, de 1.071 casos, foi a maior desde meados de maio.
Nos Estados Unidos, o Estado da Flórida ultrapassou a marca de 600 mil casos da doença ao reportar 2.974 novas confirmações. Apesar de chegar a 600.571 mil casos, a região teve um dos dias com o menor número de novos casos em dois meses. O número de pacientes internados com a doença, que chegou a mais de 9,5 mil em 23 de julho, caiu para 4.578 neste domingo.
No Peru, a fuga coletiva após a chegada da polícia a uma casa noturna que funcionava irregularmente deixou ao menos 13 mortos, de acordo com as autoridades. A discoteca Thomas, em Lima, recebia cerca de 120 pessoas para uma festa na noite de sábado, mesmo com o funcionamento deste tipo de estabelecimento proibido pelo governo desde março por causa da pandemia.
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o Peru está atrás apenas do Brasil na América Latina em número de casos confirmados, com 576.067. As confirmações diárias dobraram nas últimas semanas, para mais de 9 mil, após a redução de algumas medidas de quarentena.
 
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