Em meio ao terceiro dia de apuração de votos das eleições presidenciais dos Estados Unidos, o candidato democrata Joe Biden fez um pronunciamento curto, na tarde desta quinta-feira (5), reforçando a confiança na vitória e pedindo paciência porque "todos os votos devem ser contados".
Biden abriu sua fala citando a pandemia da covid-19, lembrando as 240 mil vítimas da doença nos EUA e prestando solidariedade às famílias que perderam entes queridos para o coronavírus. A pandemia é um dos pontos que enfraqueceu o presidente Donald Trump e pode ser fator decisivo para o resultado das eleições, já que muitos estadunidenses estão insatisfeitos com o desempenho do presidente republicano no enfrentamento à covid-19.
Em relação ao processo eleitoral, mais especificamente à contagem dos votos, Biden demonstrou confiança e voltou a afirmar que acredita vencerá o pleito. "Só o povo escolhe quem será o presidente dos Estados Unidos e cada voto tem que ser contado. É isso que vamos ver agora", disse. Nos últimos dias, enquanto Trump e seus apoiadores afirmam, sem provas, que há fraude em algumas cédulas de votação e pedem, inclusive na Justiça, a interrupção da contagem dos votos, Biden e seus apoiadores entoam os pedidos de "não parem de contar" e "todo voto conta".
"A democracia às vezes é confusa, a democracia às vezes pede de nós paciência, mas essa paciência tem sido recompensada há mais de 240 anos em um sistema que o mundo inteiro inveja. A senadora (Kamala Harris, candidata a vice-presidente) e eu continuamos confiantes com o desenrolar da situação. Não duvidamos que, ao final da contagem, seremos declarados vencedores, pedimos paciência e calma a todos, o processo está funcionando, a conta está sendo concluída e saberemos em breve. Muito obrigada a todos pela paciência, mas temos que aguardar a contagem dos votos", finalizou.
Biden, de 77 anos, está à frente de Trump na corrida pelos 270 votos eleitorais que colocarão um deles no topo, com os organizadores da campanha democrata afirmando acreditar que ele tem votos suficientes para vencer em estados-chave que permanecem indecisos, como a Pensilvânia.
Atualmente o candidato democrata tem entre 253 e 264 votos - a diferença se deve à incerteza sobre os resultados no Arizona - e o presidente Donald Trump, 214.