O chefe da diplomacia chinesa ofereceu nesta sexta-feira (18) ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, cooperação frente a questões-chave como a pandemia e a recuperação econômica, alertando que a tensão nas relações bilaterais ignora interesses comuns.
O ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, defendeu a retomada do diálogo e a "confiança mútua" entre as duas maiores potências econômicas do mundo depois que Biden assumir a presidência, em 20 de janeiro.
Durante o mandato do atual presidente Donald Trump, os Estados Unidos empreenderam uma guerra política e comercial com a China.
Missão internacional para investigar origem da covid-19 vai à China em janeiro
"É importante que a política dos Estados Unidos com a China volte à objetividade e sensibilidade o mais rápido possível", disse Wang em um discurso virtual dirigido à Sociedade Asiática, com sede em Nova York.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Pequim enxerga um "espaço para a cooperação" em três das quatro questões que Biden identificou como prioridades imediatas: pandemia da covid-19, recuperação econômica e a mudança climática. A quarta prioridade é a igualdade racial.
Em relação à pandemia, Wang disse que a China está disposta a ajudar os Estados Unidos com uma produção contínua de máscaras, e disse que Pequim e Washington poderiam cooperar na fabricação de vacinas e na assistência a outros países.
Wang afirmou que algumas autoridades americanas "ignoram os vastos interesses comuns e o espaço de cooperação entre os dois países, e insistem que a China é a principal ameaça".
Biden, que investiu um tempo significativo na diplomacia com a China quando foi vice-presidente, está amplamente de acordo sobre Pequim representar um desafio global, mas espera-se que ele adote um tom menos belicoso que Trump.
Seu candidato a secretário de Estado, Antony Blinken, mencionou uma possível cooperação com a China na mudança climática e na pandemia.
sct/sst/yo/dga/aa