Milhares de residentes de um dos bairros mais pobres e populosos de Hong Kong foram obrigados a ficar em casa na noite desta sexta-feira (22), parte do primeiro confinamento decretado pelas autoridades desde o início da pandemia do coronavírus.
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A medida proíbe que pessoas que residam em prédios localizados em área geográfica definida saiam de casa, onde um número crescente de casos foi registrado nos últimos dias, a menos que possam apresentar teste negativo para coronavírus.
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Em nota, o governo de Hong Kong anunciou que planeja testar todos os residentes dessa área do bairro de Jordan em 48 horas. Até que o processo seja concluído, "as pessoas que devem fazer o teste têm que ficar em casa", especificam as autoridades. A medida atinge cerca de 150 prédios que abrigam até 9.000 pessoas. Centenas de policiais se mobilizaram para garantir que o bloqueio seja respeitado, informou o South China Morning Post.
Hong Kong estava na linha de frente quando os primeiros casos do novo coronavírus foram detectados na China, há mais de um ano. A cidade, com grandes arranha-céus, registrou oficialmente menos de 10.000 casos e cerca de 170 mortes desde o início da pandemia.
Os cerca de 7,5 milhões de habitantes de Hong Kong vivem sob vários graus de restrições há um ano, o que parece ter funcionado para evitar a propagação de infecções. Nos últimos dois meses, o território foi atingido por uma quarta onda de infecções e as autoridades introduziram novas restrições. Houve surtos no bairro de Yau Tsim Mong, uma área conhecida por ter algumas das menores residências do mundo.