RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Biden trata de comércio e pandemia na primeira ligação com o presidente da China

Os líderes discutiram o comércio entre os países, a pandemia do novo coronavírus e a posição dos chineses em relação aos direitos humanos

Cadastrado por

Estadão Conteúdo

Publicado em 11/02/2021 às 9:40 | Atualizado em 11/02/2021 às 9:40
Biden já havia lidado com Xi quando foi vice-presidente dos Estados Unidos durante a gestão de Barack Obama - JOHANNES EISELE/AFP
Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, conversaram pela primeira vez por telefone na noite desta quarta-feira, 10. Os líderes discutiram o comércio entre os países, a pandemia do novo coronavírus e a posição dos chineses em relação aos direitos humanos.
"Falei hoje com o presidente Xi para oferecer os melhores votos ao povo chinês no Ano Novo Lunar", escreveu Biden em sua conta do Twitter. "Também compartilhei preocupações com as práticas econômicas, abusos de direitos humanos e a coerção de Taiwan por Pequim. Eu disse a ele que vou trabalhar com a China quando isso beneficiar o povo americano."
 
Em um comunicado à imprensa, a equipe da Casa Branca incluiu entre os tópicos da conversa a pandemia de covid-19 e desafios de segurança global de saúde, mudanças climáticas e de prevenção à proliferação de armas.
 
O canal estatal chinês CCTV relatou que Xi Jinping repudiou as preocupações de Biden com as denúncias de violação dos direitos humanos no país. "Os Estados Unidos devem respeitar os interesses centrais da China e agir com cautela", teria dito Xi, afirmando que os temas são assuntos internos.
 
Biden já havia lidado com Xi quando foi vice-presidente dos Estados Unidos durante a gestão de Barack Obama. Ele usou as primeiras três semanas na Casa Branca para avisar a líderes de outros países da região do Indo-Pacífico que abordaria a China de maneira diferente do seu antecessor, Donald Trump, cujo foco foi no comércio e em questões econômicas.
 
Em entrevista à emissora CBS News no domingo, 7, Biden disse ter deixado claro a Xi que não desejava um conflito com a China, mas que haveria uma "competição extrema" entre os países. "Eu não vou fazer do jeito que Trump fez, e ele (Xi) sabe disso porque enviou seus sinais também", disse.

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