O presidente americano, Joe Biden, disse nesta terça-feira (15) que um ataque russo à Ucrânia continua sendo "uma grande possibilidade", mas que "é preciso dar todas as oportunidades à diplomacia".
Os Estados Unidos "ainda não verificaram" nenhuma retirada de tropas russas na fronteira com a Ucrânia e "os analistas indicam que permanecem em uma posição muito ameaçadora", afirmou o presidente em um discurso na Casa Branca, destacando que as tropas russas são estimadas agora em "mais de 150.000".
Se a Rússia atacar a Ucrânia, as sanções "estão prontas", advertiu Biden.
Chefe da diplomacia americana pede desescalada
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, pediu nesta terça-feira (15) ao colega russo, Sergei Lavrov, uma "desescalada verificável, confiável e significativa" na fronteira com a Ucrânia, segundo um comunicado do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Blinken "destacou que, embora qualquer nova agressão russa contra a Ucrânia provocaria uma resposta transatlântica rápida, severa e unida, continuamos comprometidos no caminho diplomático e acreditamos que continua havendo uma oportunidade para resolver a crise pacificamente", acrescentou o porta-voz, Ned Price, após um novo telefonema entre os dois ministros.
Blinken "reiterou" também as "persistentes inquietações" de Washington sobre o fato de que "a Rússia tem capacidade de iniciar uma invasão da Ucrânia a qualquer momento".
Depois que Moscou disse ter ordenado o início da retirada das forças mobilizadas em torno da fronteira com a Ucrânia, Blinken "enfatizou a necessidade de una desescalada verificável, crível e significativa", segundo a nota.
Blinken disse que está "ansioso" para receber a "resposta escrita" às últimas propostas americanas sobre segurança europeia. A Rússia prometeu enviá-las aos Estados Unidos "nos próximos dias", segundo o Departamento de Estado.
Os americanos dizem que a Rússia, que enviou mais de 100.000 efetivos à fronteira com a Ucrânia, pode começar uma invasão de um dia para outro, quando assim o decidir.
Moscou nega possuir tais intenções, mas reivindica especialmente garantias de que a Ucrânia não será incorporada à Otan.