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'Era da interferência francesa na África acabou', diz Macron

Macron e seus antecessores, principalmente o socialista François Hollande, afirmaram anteriormente que a França não tem intenção de se intrometer nos assuntos soberanos africanos

Cadastrado por

Filipe Farias

Publicado em 02/03/2023 às 12:51
País governado por Macron está abalado por protestos contra reforma da previdência e a violência policial - LUDOVIC MARIN / AFP

Da AFP

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta quinta-feira (2) que a era da interferência francesa na África "acabou", ao iniciar uma viagem pelo continente africano para visitar quatro países e renovar os laços.

O sentimento anti-França está forte em algumas ex-colônias africanas, à medida que o continente se torna um campo de batalha diplomático renovado, em meio ao crescimento das influências russa e chinesa na região.

Antes do início de uma cúpula ambiental no Gabão, primeira etapa de sua viagem, Macron destacou que a França não tem a intenção de voltar às políticas do passado e interferir na África.

"A era em que a França interferiu na África acabou", disse Macron à comunidade francesa na capital Libreville, referindo-se à estratégia pós-colonização da França de apoiar líderes autoritários para defender seus interesses.

"Quando leio, ouço e vejo as pessoas atribuírem intenções à França, intenções que o país não tem, tenho a sensação de que as mentalidades não avançaram tanto como nós", disse.

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Macron e seus antecessores, principalmente o socialista François Hollande, afirmaram anteriormente que a França não tem intenção de se intrometer nos assuntos soberanos africanos.

REDUÇÃO DE TROPA FRANCESA NA ÁFRICA

Antes de sua visita, Macron disse na segunda-feira que haveria uma "redução notável" na presença de tropas da França na África "nos próximos meses" e um foco maior no treinamento e equipamento das forças dos países aliados.

A França já retirou tropas das ex-colônias de Mali, Burkina Faso e República Centro-Africana.

O presidente Macron desembarcou em Libreville na quarta-feira e seguirá para Angola, Congo Brazzaville e República Democrática do Congo.

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