A multiplicação de pessoas mortas e feridas - e o risco de ampliação da guerra - deixa o clima ainda mais tenso em Israel, após o ataque surpresa organizado pelo movimento islâmico armado Hamas neste sábado (7). O pernambucano Mário Roberto Melo, que vive no norte de Israel, afirmou não ter visto nada parecido.
"Estou no país há 32 anos. Já participei de duas guerras: a do Líbano, em 2006, e a da Palestina, em 2014. Nenhum israelense viu coisa parecida com o que se viu hoje (sábado). A inteligência de Israel falhou. Dessa vez foi tudo (ataque) muito silencioso, ninguém sabia de nada. O Hamas usou uma forma muito atrevida, praticamente vieram se suicidar", afirmou o pernambucano, em entrevista por telefone ao JC.
"Eles tiveram tempo de invadir a base, sequestrar soldados. Havia uma festa. Levaram muita gente, ainda não sabemos quantos. Crianças foram sequestradas, mulheres nuas foram levadas e torturadas. Foram disparados mais de 3,5 mil mísseis em Israel até agora", contou.
Mário disse que o medo ainda é maior porque há um risco de uma revolta no País, o que pode resultar em mais mortes e pessoas feridas.
"Acredito que o maior receio do israelense é de uma revolta interna dos árabes e israelenses contra os judeus. Outro medo é se o Hezbollah (grupo terrorista) incomodar Israel, porque a guerra pode se tornar generalizada", afirmou.
O pernambucano contou ainda que supermercados que não abrem aos sábados estão funcionando e estão lotados. "Toda a população daqui correu para comprar mantimentos."
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