CONFLITO

Guerra com o Sul pode ocorrer a qualquer momento, diz ditador da Coreia do Norte Kim Jong-un

Comentários de Kim, feitos durante uma importante reunião de cinco dias do Partido dos Trabalhadores para definir as metas do Estado para 2024, sugerem que ele intensificará uma série de testes de armas antes das eleições presidenciais dos EUA em novembro. Segundo ele, situação de crise foi desencadeada por Washington e Seul

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Estadão Conteúdo

Publicado em 31/12/2023 às 14:49
Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordena reforço na prontidão de guerra para repelir movimentos dos EUA - STR / KCNA VIA KNS / AFP

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, prometeu lançar mais três satélites espiões militares, produzir mais materiais nucleares e introduzir drones de ataque modernos em 2024, enquanto pede uma prontidão de guerra "esmagadora" para lidar com os movimentos de confronto liderados pelos EUA, informou hoje a mídia estatal da Coreia do Norte, conhecida como KCNA.

Os comentários de Kim, feitos durante uma importante reunião de cinco dias do Partido dos Trabalhadores para definir as metas do Estado para o próximo ano, sugerem que ele intensificará uma série de testes de armas antes das eleições presidenciais dos EUA em novembro.

Após o término da reunião do sábado (30), Kim disse que as medidas "cruéis" contra a Coreia do Norte tomadas pelos Estados Unidos e seus aliados "atingiram extremos sem precedentes na história" e levaram a Península Coreana à beira de uma guerra nuclear, de acordo com a KCNA. O líder norte-coreano citou a expansão dos exercícios militares entre os EUA e a Coreia do Sul e a instalação temporária de poderosos recursos militares dos EUA, como bombardeiros e um submarino com armas nucleares na Coreia do Sul - medidas que os aliados tomaram em resposta à onda de testes de armas do Norte desde o ano passado.

ALÍVIO NAS SANÇÕES COM OS EUA

Observadores dizem que Kim acredita que um aumento da capacidade nuclear lhe daria outra chance de uma diplomacia de alto risco com os EUA para obter alívio das sanções, caso o ex-presidente Donald Trump retorne à Casa Branca. "Embora a Coreia do Norte não tenha a intenção de abandonar as armas nucleares, ela pode tentar obter um pagamento por agir como uma potência nuclear responsável", analisou o professor da Universidade Ewha, Leif-Eric Easley.

Fonte: Associated Press

 

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