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Atrito entre Israel e Lula não afetará as relações comerciais entre as duas nações, diz Padilha

O ministro brasileiro também afirmou que a intenção do governo é expandir cada vez mais a cooperação com Israel

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Do Estadão Conteúdo

Publicado em 20/02/2024 às 12:52
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o atrito entre Lula e Israel não irá atrapalhar as relações comerciais entre as nações
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o atrito entre Lula e Israel não irá atrapalhar as relações comerciais entre as nações - Gabriel Ferreira/ Jc Imagem

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que o atrito entre o governo brasileiro e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, atrapalhe as relações comerciais entre as duas nações. "Temos uma cooperação sólida", disse o ministro na noite desta segunda-feira, 19, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura.

"Em nenhum momento estava na pauta qualquer rompimento de relações, pelo contrário, nós temos relações sólidas do Brasil com Israel que ultrapassam, inclusive, Netanyahu. Netanyahu é passageiro", disse. O ministro também voltou a criticar o primeiro-ministro israelense em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se tem alguém isolado no mundo hoje é o Netanyahu, não o presidente Lula, se tem alguém isolado nas suas posições, nas suas práticas, é o Netanyahu, não o presidente Lula".

O ministro brasileiro também afirmou que a intenção do governo é expandir cada vez mais a cooperação com Israel, pontuando que a administração Netanyahu é um "governo de ocasião".

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Atrito

Israel passou a considerar nesta segunda-feira, 19, o presidente Lula como "persona non grata" até que ele se desculpe pelas declarações comparando as ações do Exército israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto.

A decisão foi informada ao embaixador do Brasil em Tel-Aviv, Frederico Meyer, no Museu do Holocausto, onde ele recebeu também uma aula sobre o genocídio cometido pelos nazistas contra 6 milhões de judeus. Sem sinal de distensão em Brasília, o governo brasileiro chamou Meyer de volta ao País.

O assessor para assuntos internacionais do presidente Lula e ex-chanceler, Celso Amorim, disse que não houve erro nenhum na fala do presidente.

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