GUERRA

Líder do Hamas acusa Israel de 'sabotar' negociações para uma trégua

Na semana passada, o grupo islamista, no poder em Gaza desde 2007, apresentou uma nova proposta na qual aceitava um cessar-fogo de seis semanas ao invés da trégua definitiva que reivindicava antes

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AFP

Publicado em 19/03/2024 às 19:41
Exército israelense informou ter matado dezenas de combatentes palestinos, entre eles um alto dirigente do Hamas, durante uma incursão no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza - Mahmud Hams / AFP

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, acusou Israel, nesta terça-feira (19), de boicotar as negociações para alcançar uma trégua, depois que o Exército israelense informou ter eliminado dezenas de combatentes em uma operação contra o maior hospital da Faixa de Gaza.

"O ataque deliberado contra policiais e funcionários governamentais em Gaza ilustra os esforços [israelenses] de semear o caos e perpetuar a violência", afirmou Haniyeh em nota.

Também "revela o empenho dos dirigentes da ocupação [israelense] em sabotar as negociações atuais em Doha", no Catar, acrescentou.

O Exército israelense informou ter matado dezenas de combatentes palestinos, entre eles um alto dirigente do Hamas, durante uma incursão esta segunda no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza. Na operação, também houve centenas de detenções.

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O centro hospitalar abrigava não apenas pacientes, mas pessoal de saúde e deslocados pela guerra que destrói o território desde 7 de outubro.

"As ações das forças de ocupação sionista no complexo médico de Al Shifa confirma sua intenção de dificultar a recuperação da vida em Gaza e desmantelar aspectos essenciais para a existência humana", denunciou Haniyeh, radicado no Catar.

Suas declarações coincidem com as negociações no Catar para um cessar-fogo e a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro contra Israel.

Nesta terça, Doha informou que aguardava para breve uma contraproposta do Hamas.

Na semana passada, o grupo islamista, no poder em Gaza desde 2007, apresentou uma nova proposta na qual aceitava um cessar-fogo de seis semanas ao invés da trégua definitiva que reivindicava antes.

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