É sabido por todos nós que o Recife tem um dos piores trânsitos do mundo. Para sairmos dessa situação caótica são necessários investimentos na infraestrutura e na mudança de cultura, de como devemos usar os diversos modais de transporte.
Podemos considerar a BR-101, no trecho de Igarassu até Jaboatão dos Guararapes, como uma via urbana, que cruza a Região Metropolitana do Recife e por onde circulam diversos produtos da economia nacional. Essa rodovia, cujo tráfego é misto, causa enormes engarrafamentos e acidentes, além do longo tempo que se gasta para cruzar poucos quilômetros. É de suma importância buscar alternativas para resolver tamanho problema.
A solução que está de volta ao debate é o Arco Metropolitano, que se propõe a impulsionar o desenvolvimento, criar uma rota expressa alternativa, mas sem esquecer a preservação do ecossistema. A Engenharia do hoje é capaz de nos levar do passado, passando pelo presente na velocidade da luz para chegarmos ao futuro, que é o que desejamos. Nesse futuro precisamos ter pessoas convivendo com a fauna e flora, pois é uníssono. Não há separação entre tais elementos.
Já imaginamos quanto perdemos nesse trânsito caótico? Perdemos riquezas materiais e imateriais. Agora é o momento de nos unirmos em prol de buscarmos os recursos que todo o empreendimento necessita e fazermos isso de forma organizada, planejada. O Arco, pelo tamanho e importância da obra, pode e deve envolver a Academia, o CREA, a sociedade organizada, como parte consultiva, para ampliarmos o debate, as opções.
Ciente dessa responsabilidade, o Comitê Tecnológico Permanente (CTP) do CREA promove nesta quinta-feira (8), a partir das 19h, o debate "Arco Metropolitano: o desafio do desenvolvimento sustentável". A transmissão será pelo canal do CREA-PE no YouTube. Vamos envolver o poder público e a sociedade civil para, juntos, na casa da Engenharia, construirmos convergências nas nossas divergências e soluções para o projeto.
Não podemos errar! Pernambuco, que já foi o Leão do Norte, precisa retomar, com criatividade e grandeza, o seu lugar no Nordeste e no Brasil.
A nossa gestão no CREA-PE quer promover esse e muitos outros debates. O Conselho é uma instituição com quase 90 (noventa) anos, que tem, por princípio, a valorização dos profissionais da Engenharia, Agronomia e Geociências; e a defesa da sociedade. Não vamos silenciar diante dos desafios de gerar emprego, renda e buscar alternativas não só para viabilizar, de forma sustentável, o Arco Metropolitano, como todos os empreendimentos que temos e precisamos construir ao longo dos anos em favor de Pernambuco e do Brasil.
Adriano Lucena, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE)