ESCOLA DE SARGENTOS

Polo de conhecimento e dinamismo

Com a assinatura do termo de compromisso entre Lula e Raquel Lyra, empreendimento do Exército pode entrar em fase de implantação

Cadastrado por

JC

Publicado em 21/01/2024 às 0:00
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Receita Federal anula isenção fiscal que governo Bolsonaro deu a líderes religiosos - Thiago Lucas

Com investimentos de R$ 1,8 bilhão, e a perspectiva de mais de 10 mil empregos diretos gerados, a Escola de Sargentos em Pernambuco desponta como polo de inovação no Nordeste, a exemplo de escolas das Forças Armadas em outros locais do país. A esperada dinamização da economia com a instalação da unidade foi ressaltada pelo presidente da República, no evento de assinatura do termo de compromisso entre o governo federal e o governo do Estado, com a presença da governadora Raquel Lyra. A diversificação cultural e econômica mencionada por Lula abre, na verdade, boas possibilidades para o desenvolvimento de toda a área no entorno do empreendimento, formando expectativas que se espalham para além do local de construção, em Paudalho, na Zona da Mata.
Desde 2021, o projeto se apresenta como importante conquista para uma região que precisa se dinamizar. Agora, com o acordo firmado e a concordância do Exército, inclusive, de reduzir a área do desmatamento na implantação pela metade, a Escola de Sargentos pode se desvencilhar da polêmica ambiental, a fim de que se cuide da viabilização dos recursos necessários para os projetos e as obras, enfim, acontecerem. O potencial de atração de profissionais do conhecimento, além do pessoal das Forças Armadas, é um dos principais diferenciais do projeto, que se vincula à vocação estadual de concentrar saberes e fazeres para aplicação no Nordeste.
A preservação da natureza é uma das características dos locais ocupados pelas Forças Armadas brasileiras. E não tem por que ser diferente na Escola de Sargentos em Pernambuco. O importante agora, quando as condições de viabilização política foram asseguradas, é acelerar os trâmites burocráticos e orçamentários, para que o semeio prometido da cidadania não tarde. Afinal, muito além dos indivíduos e das famílias que irão habitar e estudar por lá, a mudança no perfil econômico e social das cidades da região é uma das consequências ansiadas pela população da região – bem como pelos atores políticos que apostam nessa direção. Na próxima década, quando estiver em funcionamento, a Escola de Sargentos deve ser a base de uma população flutuante de 6 mil pessoas, mobilizando R$ 200 milhões por ano na economia local.
A garantia da governadora Raquel Lyra para iniciar, sem demora, a infraestrutura solicitada pelo Exército, é outra componente fundamental para o processo de implantação avançar. “Pernambuco tem pressa. Pernambuco precisa de mais investimentos, de mais renda e mais esperança”, repetiu a governadora, demonstrando entusiasmo com o projeto diante da união institucional costurada ao seu redor, tendo o desenvolvimento estadual como alvo. Não é à toa que outros estados se colocaram como alternativa, caso o projeto não prosperasse aqui. Seis municípios englobam a área de influência do empreendimento, que deve estar pronto apenas em 2034, e centralizar a formação militar hoje realizada em 19 locais em território nacional. Será um ganho para Pernambuco e para o Nordeste.

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