ENSINO MÉDIO

A reforma da reforma

Depois de mais polêmica e muita negociação, núcleo do novo Ensino Médio é mantido, e deve ser finalmente implantado sem entraves em todo o País

Cadastrado por

JC

Publicado em 11/07/2024 às 0:00
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A manutenção de 2.400 horas para a formação básica nos cursos regulares, com a flexibilização de outras 600 horas para a escolha dos estudantes, deu a configuração final à nova reforma do Novo Ensino Médio – como foi nominado sete anos atrás, no governo de Michel Temer. O então ministro da Educação, hoje deputado federal, Mendonça Filho, foi o responsável pelo texto aprovado, que segue para sanção do presidente da República. Para a formação técnica e profissional, a carga horária será de até 1.200 horas, como nos casos de cursos de sa&ua cute;de e tecnologia da informação. No fundo, o que se pretende com a reforma da reforma não difere muito da original: conferir mais qualidade ao ensino médio brasileiro, e dar aos estudantes a oportunidade de aprofundar o conhecimento profissionalizante que diga respeito à sua vocação.
A redução da parte optativa não compromete a essência da reforma aprovada. Agora é preciso cuidar para que o modelo seja devidamente implantado a partir do ano que vem, em todo o território nacional. E mais importante: que seja considerado política de Estado, e não de governo, para que não se perca a chance de prosseguir no caminho escolhido, após anos e anos de debates com a participação das principais organizações de educação, além dos profissionais da área. Para que a educação venha a ser, de fato, assumida como prioridade nacional, o governo federal, os demais níveis de gove rno e os parlamentos precisam se unir no consenso da importância da reforma do ensino médio para o desenvolvimento coletivo.
Em visita ao Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, o secretário de Educação de Pernambuco, Alexandre Schneider, defendeu a reforma, e afirmou que será feito um levantamento entre os estudantes da rede pública, do nono ano do Fundamental ao terceiro do ensino médio, para saber o que os jovens almejam do futuro. E assim, buscar melhorar a oferta de conhecimento disponível, bem como a forma de transmissão desse conhecimento, dando apoio aos professores. Sem “olhar para o lado ou para trás”, para usar sua expressão, a educação em Pernambuco poderá superar as desigualdades e contribuir efetivamente para um salto na qualidade de vida da população.
“É uma vitória da juventude que terá um ensino médio plural, amplo, conectado com seu projeto de vida, com o mundo do trabalho e sintonizado com as melhores práticas educacionais no mundo”, registrou o deputado Mendonça Filho após a aprovação do texto, pela Câmara. O governo federal e o PT participaram do acordo que permitiu a aprovação. Chegou-se, enfim, ao consenso de que era preciso mudar o ensino médio, ainda que em profundidade menor do que já havia sido feito. O bom desempenho de outras nações que compartilham formação básica e ensino profissionalizante continua como parâmetro para que os brasileiros ganhem, enfim, direção promissora numa das etapas decisivas para o aprendizado vinculado ao desenvolvimento.

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