Adolescentes em semiliberdade na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) estão produzindo itens de higiene pessoal, entre eles, o álcool em gel, usado para prevenção da Covid-19, causada pelo novo coronavírus. A iniciativa é em conjunto com os alunos e um professor do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE). O aprendizado das técnicas de produção do álcool está sendo estendido a servidores da Funase e a familiares dos adolescentes, devido a importância no atual cenário de pandemia.
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A experiência está acontecendo na Casa de Semiliberdade (Casem) Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Para a fabricação do álcool em gel, são utilizados álcool 99%, água, coagulante carbopol, glicerina e corante, entre outras substâncias. Parte do que já foi produzido ficou na unidade da Funase e também foi distribuída entre as famílias dos socioeducandos, levando em conta que se trata de um produto já em falta em farmácias da região. Outros itens de higiene, como amaciante, detergente, sabão em barra, sabonete líquido e perfume, também vão entrar na produção nas próximas aulas a partir do uso de óleo residual como matéria-prima.
Os instrutores cursam Química no IF Sertão-PE e foram idealizadores do projeto junto à direção e à equipe técnica da unidade da Funase. Além de ocorrerem em um contexto de preocupação com a Covid-19, as aulas buscam estimular o empreendedorismo e a preservação do meio ambiente por meio do reaproveitamento de substâncias que seriam descartadas na natureza.
“Uma dos nossos objetivos era integrar pais e filhos no ambiente socioeducativo. Com a intensificação do número de casos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil, levar esse aprendizado para socioeducandos, funcionários e familiares passou a ser uma oportunidade de unir profissionalização e cuidado com a saúde”, disse a coordenadora geral da Casem Petrolina, Nair Mirelle.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.