Com informações de Mário de Oliveira, da TV Jornal
Atualizada às 15h50
Cerca de 50 condutores de transporte escolar da Região Metropolitana do Recife organizaram um protesto, na tarde desta sexta-feira (1º), quando é comemorado o Dia do Trabalhador. A reclamação dos profissionais é a falta de renda, uma vez que as aulas presenciais estão suspensas em Pernambuco, desde o dia 18 de março, por causa da pandemia do novo coronavírus. A manifestação foi programada para acontecer em frente à antiga Fábrica Tacaruna, na Zona Norte do Recife.
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De acordo com os motoristas, muitos pais cancelaram os contratos de serviço, depois de uma afirmação do Procon, que dizia que os pais não tinham obrigatoriedade de pagar ou seguir com o contrato de transporte escolar, por causa da pandemia.
Alguns motoristas afirmam já estarem passando por necessidades. Henrique da Silva trabalha como condutor há oito anos. Ele afirmou à reportagem que a sua renda caiu cerca de 80% em abril e já não sabe o que fazer para se manter em maio.
Os profissionais pedem que os pais se sensibilizem com a causa e revejam os contratos, estando abertos à possíveis renegociações. Na manifestação, eles pedem também que o Governo do Estado ou Federal abram uma linha de crédito específica para os profissionais, para que possam se manter durante a pandemia da covid-19.
De acordo com Antonieta Marques, presidente da Associação dos Transportes Escolares de Pernambuco (Atespe), o protesto foi interrompido, por volta das 15h28, na altura da Rua da Aurora, no Centro do Recife, quando os motoristas foram aconselhados pela Autarquia de Transito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) a parar a mobilização, por causa do decreto do Governo do Estado, que proíbe aglomerações para evitar o contágio da covid-19, uma vez que o Estado totaliza 7.334 casos e 603 mortos pela doença. Caso o protesto não fosse encerrado, a associação poderia ser multada. "A gente na situação que está e ainda levar multa, seria um desespero", afirmou Antonieta.