Pela segunda vez, um navio no Porto de Suape fica em isolamento devido a confirmação de um caso de coronavírus. Um dos 21 tripulantes da embarcação de bandeira brasileira teve diagnóstico da covid-19 positivo, após testagem rápida. A embarcação chegou ao Porto de Suape no fim da manhã do sábado (23), para descarregar 199 contêineres vindos do Porto de Manus (AM), sua última parada, e embarcar outros 152.
O homem, de 42 anos, está isolado em sua cabine no navio desde o dia 16 de maio, quando apresentou quadro de tosse, mas sem febre ou outro sintoma relacionado à Covid-19. No mesmo dia, a equipe médica de bordo fez um teste rápido, cujo resultado foi negativo. Naquela ocasião, o caso não se enquadrava como suspeito de acordo com os protocolos da Anvisa. Entretanto, o tripulante foi mantido em isolamento e, mesmo com a remissão do único sintoma apresentado, tosse, o teste foi repetido após sete dias, no dia 23 de maio, com resultado positivo. O homem segue em isolamento, estável, assintomático e será monitorado pela Anvisa.
Apenas esse tripulante foi confirmado com a covid-19 e os demais não estão com sinais da doença, de acordo com inspeção sanitária feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). m razão desse tripulante infectado, a embarcação ficará em quarentena por 14 dias no Cais 1 do Porto de Suape, local definido para atracação em casos de coronavírus, sem prejudicar a operação portuária. Complexo Industrial confirma que não houve embarque ou desembarque de tripulação, nem contato com os trabalhadores portuários locais. O navio só poderá operar após terminar o período da quarenta se nenhuma outra pessoa apresentar suspeita da doença.
Como estabelece o Plano de Contingência e Emergência em Saúde Pública do Porto de Suape, para resposta a situações relacionadas a casos de doenças infectocontagiosas, uma barreira sanitária ficará instalada no local, para que os técnicos envolvidos na investigação se higienizem e descartem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) utilizados a bordo. Ambulância do porto, com equipe especializada, se mantém de plantão, caso precise fazer alguma remoção a hospital.
Toda a movimentação vem sendo monitorada e, antes de atracar, as embarcações precisam de autorização da Anvisa, órgão responsável por conceder a livre prática aos navios, ou seja, a anuência para que o navio possa entrar no porto e operar, checando e atestando as condições sanitárias e de saúde do ambiente e dos tripulantes a bordo, por meio da Declaração Marítima de Saúde preenchida pelo comandante.
Todas as medidas de contenção indicadas pelos órgãos sanitários estão sendo cumpridas em Suape, tais como o reforço da limpeza, campanhas de conscientização, disponibilização de álcool em gel e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), orientação sobre distanciamento e restrição de circulação em cais e píeres, onde lavabos foram instalados para lavagem mais constante das mãos.
A primeira embarcação de bandeira brasileira que estava em quarentena no Porto de Suape desde o dia 11 de maio, após um tripulante apresentar sintomas da covid-19, deixou o porto na madrugada deste domingo (24). O navio foi liberado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) após constatação de que os demais 25 tripulantes não manifestaram sinais da doença.
O navio veio do Terminal de Madre de Deus, na Bahia, para receber óleo combustível para exportação, através de transbordo com outras embarcações, chegando no dia 11. A embarcação permaneceu isolada em área do Cais 1 até o momento da desatracação. Após deixar Suape, o navio seguiu para o Porto de St. Croix, localizado nas Ilhas Virgens.
O cruzeiro, também vindo de Salvador, na Bahia, de bandeira bahamenha Silver Shadow atracou no Porto do Recife no dia 12 de março e apresentou dois casos da covid-19 entre os turistas a bordo. Um deles, um canadense de 79 anos, faleceu.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.