Em frente à Prefeitura de Paulista, cerca de 300 pessoas denunciam atraso no pagamento do auxílio-moradia

Dentre as reivindicações, a principal, além da realização dos pagamentos referentes ao Auxílio-Moradia, é a implementação de políticas públicas de moradia
Vanessa Moura
Publicado em 28/05/2020 às 11:52
Protesto em frente à Prefeitura de Paulista, Região Metropolitana do Recife Foto: Divulgação/MNLM


Cerca de 300 pessoas realizam protesto, nesta quinta-feira (28), em frente à prefeitura de Paulista, cidade localizada na Região Metropolitana do Recife. O ato, que é coordenado pelo Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), reivindica ao poder público municipal a implementação e aplicação de políticas públicas de moradia para a população de baixa renda da cidade e o pagamento do auxílio-moradia, que estaria atrasado.

O movimento alerta para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus sem dispor de condições básicas, como moradia digna, saneamento e água potável de qualidade. "Para 1.200 famílias em situação de vulnerabilidade social, moradoras de Paulista, a situação que já era complicada, hoje está insustentável. Isso porque, além de todo transtorno causado pela covid-19, o pagamento de R$ 150, referentes ao auxílio-moradia pago pela prefeitura, está em atraso", denuncia. O valor, que para muitos parece irrisório, é um fator de sobrevivência para a população em situação de pobreza, principalmente durante este período pandêmico. 

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Além disso, o movimento busca apresentar à Prefeitura de Paulista o pedido de ampliação e inclusão de novas famílias na lista de beneficiários do Auxílio-Moradia, bem como uma posição do governo sobre a construção de casas populares, que há 12 anos são prometidas. O fornecimento de água potável de qualidade para toda a população, também está na pauta.

De acordo com Paulo André, coordenador do MNLM, muitas famílias do município tiveram suas condições de vida agravadas nos últimos meses por conta da crise sanitária, econômica e social provocada pela pandemia. Uma grande parcela destas pessoas não podem nem colocar em prática as medidas de higienização e prevenção da doença, por conta da falta d'água. “O poder público, ao invés de investir em infraestrutura para garantir o armazenamento e fornecimento de água, impõem um cruel racionamento", revelou Paulo André.

Segundo informações do próprio Movimento, as medidas de prevenção ao coronavírus estão sendo respeitadas durante a manifestação. Todos os integrantes estão munidos de máscaras de proteção e com distância mínima de dois metros entre as pessoas.  

A equipe de reportagem do JC entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Paulista e está aguardando algum posicionamento. Assim que as respostas chegarem a matéria será atualizada.


 


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