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Veja data de reabertura de comércio atacadista e construção civil em Pernambuco

Governo do Estado vai avaliar semanalmente dados de evolução da doença, podendo, a qualquer momento, adotar medidas restritivas mais rígidas

JC
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Publicado em 01/06/2020 às 17:26 | Atualizado em 01/06/2020 às 21:03
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EMPREGO Estudo considera lojas com vínculo empregatício e contabiliza a perda de 25,7 mil postos de trabalho - FOTO: LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM

Atualizada às 21h03

Com o fim do lockdown nos municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata nesse domingo (31), o Governo de Pernambuco detalhou, nesta segunda-feira (1º) como será feito o plano de retomada dos setores da economia do Estado. O primeiro decreto para fechamento do comércio e atividades não essenciais editado pelo poder público no dia 20 de março, com o objetivo de impedir a disseminação do novo coronavírus. Atualmente, Pernambuco totaliza 34.900 da covid-19 e 2.875 mortes em decorrência da da covid-19. 

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Veja como será feita a reabertura

O plano de reabertura das atividades econômicas em Pernambuco contemplará ao todo 11 etapas até atingir toda a cadeia produtiva do Estado. A partir de hoje (1º), continuam a funcionar as atividades consideradas essenciais que já estavam permitidas desde o início da pandemia do novo coronavírus até a implementação do lockdown, findado no último domingo (31). O governo só tem planejamento com datas para flexibilização até o dia 15 de junho, e, ainda assim, dependendo da evolução dos casos de covid-19 no Estado.

Na próxima segunda-feira (8), a construção civil e o comércio atacadista estarão liberados a operar. A construção terá restrição de 50% da capacidade e horário fixo de funcionamento, das 9h às 18h, na Região Metropolitana do Recife. No caso do interior do Estado, há restrição do número de trabalhadores, mas sem limites de horário. O comércio atacadista também deverá funcionar das 9h às 18h.    

O plano de flexibilização é a quarta fase das medidas adotadas pelo Estado durante a pandemia do novo coronavírus. Essa fase, denominada como plano de convivência, está dividida em 11 etapas que vão garantindo a flexibilização das atividades econômicas. Partindo da fase 4, o objetivo é chegar até a fase 1, avançando gradativamente. 

Após o dia oito, a única data informada pelo governo para avançar mais uma etapa foi o dia 15 de junho, permitindo a abertura de pequenas lojas de bairro (200 m²), salões de beleza e serviços de estética, com novas regras e protocolos, sem fila de espera, com agendamento e atendimento de um cliente por vez mediante higienização dos espaços.

Ainda no dia 15, o governo pretende liberar nos shoppings centers a retirada de compras no local, sempre das 12h às 18h além dos serviços de Delivery que já estão liberados. 12h e 18h. Espera-se, nessa data também, a permissão de retorno dos treinos para os times de futebol.

Após o dia 15, o governo não trabalha mais com datas específicas. A próxima etapa, mesmo assim, seria a liberação de serviços médicos odontológicos com regras e protocolos específicos, além de liberação da capacidade total da construção civil e venda de veículos. 

A partir daí, o governo partiria para a fase de número 3, para a qual ainda também não tem datas específicas. Ao todo, as fases contemplam 11 etapas até abranger 100% das atividades econômicas retomadas. Caso ocorra uma nova onda da epidemia, ou mesmo um recuo nesta estabilização, o governo poderá voltar a adotar medidas restritivas mais rígidas, além das que continuam vigentes.

"As etapas estão programadas, equilibrando as cargas de funcionamento e os reflexos na saúde e curvas de contaminação. A  mudança de fase será baseada conforme indicadores de saúde, numa avaliação semanal", explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach. 

A fase 3 contempla serviços de escritório, comércio do Centro e shoppings centers, além de serviços como bares, restaurantes e lanchonetes com até 50% da capacidade. 

Já na fase 2, o governo pretende avançar a flexibilização para academias (50% da capacidade); além de museus cinemas e teatros, com 1/3 da capacidade. 

Quando alcançado o nível 1, apenas deverá haver restrições para eventos esportivos (restrição da capacidade de público). As demais atividades já voltariam num novo normal, seguindo novos protocolos de funcionamento. 

"A gente precisa trabalhar com novos protocolos. É um geral para todas as atividades em funcionamento, observando distanciamento social, higiene, monitoramento e comunicação, além de específicos para alguns setores", observa o secretário de Planejamento do Estado, Alexandre Rebelo.  


Shoppings do Grande Recife estão preparados para receber clientes 

Após mais de 60 dias de portas fechadas, os shoppings da Região Metropolitana do Recife (RMR) já estão todos preparados para receberem os clientes de volta. “Os shoppings já eram locais seguros, agora estão mais seguros ainda em relação à saúde”, diz o presidente da Associação Pernambucana de Shoppings Centers (Apesce), Paulo Carneiro.

Ele destaca os cuidados com sanitização, renovação periódica dos aparelhos de ar-condicionado, “que inclusive são fiscalizadas”, revisões antecipadas dos equipamentos e adaptações para receber e orientar os clientes, como marcação de pisos para filas, disponibilização de álcool em gel e termômetros para medir a temperatura dos visitantes.

Neste período de quarentena, o setor foi atrás de soluções para resolver as questões de segurança sanitária e abriram diálogo com o governo para mostrar as iniciativas. O principal produto da articulação foi o protocolo de reabertura, entregue ao Estado como forma de orientação para a retomada do comércio. O material foi produzido pela Associação Brasileira de Shoppings (Abrasce) e validada pelo Hospital Sírio-Libanês, referência no setor de saúde.

 

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