com informações da TV Jornal
Comerciantes que trabalham nas praias de Pernambuco se reuniram mais uma vez, na manhã desta terça-feira (4), em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife, para protestar contra a demora do governo em liberar as atividades no litoral. Mesmo com a liberação do banho de mar, esses comerciantes ainda estão proibidos de abrirem as barracas e realizar outras atividades. A informação dada inicialmente aos trabalhadores era de que a partir do dia 25 de julho eles poderiam trabalhar normalmente.
Uma comissão se reuniu com o secretário executivo de articulação e acompanhamento do governo de Pernambuco para tentar chegar a um acordo. Segundo o presidente da Associação dos Barraqueiros da Orla de Boa Viagem, Severino da Silva, na reunião ficou definido que um novo encontro será feito na próxima terça-feira (11) para definir os protocolos para a volta das atividades e, na quarta-feira (12), a data será divulgada. "Não ficou nada definido. O pessoal não aguenta mais essa situação. A praia tem um risco baixo de contaminação, o banho de mar já está liberado e nós não podemos trabalhar", comentou.
Atualmente, há 800 garçons, 115 barraqueiros e 750 ambulantes estão sem poder trabalhar devido a proibição do Estado. "Nós estamos aqui pela segunda vez. Estivemos há 20 dias, e eles prometeram que dia 25 de julho ia reabrir as praias e isso não se cumpriu. Então nós viemos aqui com a união de todos os comerciantes fazer essa reivindicação pelo direito de trabalhar. Nós não queremos fazer bagunça. Nós só queremos o direito de voltar a trabalhar", disse o vice-presidente da Associação dos Comerciantes de Microempresários de Jaboatão dos Guararapes, Jota Neves.
José Severino, integrante da Comissão dos Barraqueiros de Porto de Galinhas, comentou sobre um dos paraísos do Litoral Sul de Pernambuco já ter retomado os passeios de jangada nas piscinas naturais, e as atividades dos comerciantes ainda estar proibida. "Está muito difícil porque Porto de Galinhas é um dos pontos estratégicos falando de turismo. É um dos turismo mais cobiçados que temos no litoral. Por ser dessa forma nós estamos com dificuldade em realizar nossas atividades", contou.
O protesto terminou por volta das 12h30. Segundo Severino da Silva, caso o governo não dê nenhuma resposta na semana que vem, um novo protesto será realizado.
O último protesto aconteceu no dia 14 de julho. Cerca de 50 pessoas, entre elas membros de associações de jangadeiros vendedores ambulantes, guias de turismo e representantes de agências de mergulho de diversas cidades de Pernambuco se reuniram no Centro do Recife para reivindicar um protocolo de reabertura das atividades econômicas e turísticas em toda a orla do litoral pernambucano.
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“Estamos há mais de 120 dias parados. O Governo do Estado já criou um protocolo de abertura de bares, restaurantes e academias, então queremos também uma solução. Só em Ipojuca são 1.100 ambulantes como toda uma família que depende desse trabalho. Essa reivindicação não é só para Ipojuca, mas se estende para todo o litoral pernambucano”, comentou o o artesão e presidente da Associação dos Artesãos e Vendedores Ambulantes de Artigos Diversos em Ipojuca (AVADIR), Carlos Nunes.