Com informações de Michael Carvalho, da TV Jornal
A morte de um homem de 35 anos e de seu sobrinho, de 19, em Itamaracá, Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite dessa segunda-feira (9), motivou um protesto que interditou a Avenida João Pessoa Guerra, uma das principais da cidade, nesta terça-feira (10). A família denuncia que os dois teriam sido confundidos com criminosos e mortos pela Polícia Militar na comunidade do Chié, enquanto a corporação alega que integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram recebidos a tiros em uma operação contra o tráfico de drogas no local e entraram em confronto com uma quadrilha.
Os dois mortos foram identificados como Marcone José da Silva, o mais velho, e Deyvison Fernando da Silva, o mais novo. Os parentes afirmam que eles trabalhavam com pesca e estavam em um viveiro de camarão quando foram abordados por policiais armados que teriam se aproximado já atirando.
"Eu cheguei em casa, tomei um banho e escutei tiros na direção do viveiro. Ouvi gritos e pensei no meu filho que estava lá. Meus irmãos me impediram de ir, pensando que havia algum bandido na área, mas não tinha. Meu neto e meu filho eram de boa família. Mataram dois inocentes", disse o pescador Ednaldo Santos. Ele havia saído do viveiro minutos antes das mortes.
Durante o protesto pelas mortes, que só foi encerrado após negociação com a polícia, a mãe de Deyvison, Verônica Silva, gritou por justiça. "Quero saber a causa. Todo mundo sabe que meu filho não era bandido. Se ele fosse, vocês não veriam essa movimentação aqui, ninguém sairia de casa por isso", afirmou.
A Polícia Militar relatou que policiais do Bope detinham a informação de uma entrega de carga de entorpecentes no Chié e entraram em confronto com uma quadrilha após terem sido recebidos a tiros na chegada ao local. "O efetivo policial, no cumprimento da missão de levar segurança à população e em proteção à vida dos servidores, entrou em confronto com os suspeitos. Dois deles foram baleados e socorridos, pelos policiais, para o Hospital de Itamaracá, mas não resistiram, apesar dos cuidados médicos recebidos", diz trecho da nota divulgada pela PM.
Na operação, a polícia informou que apreendeu 250 gramas de crack, duas balaclavas, um revólver calibre .38, com cinco munições do mesmo calibre (sendo duas deflagradas e três intactas), um revólver calibre .32, com seis munições do mesmo calibre (três deflagradas e três intactas) e uma espingarda calibre .12, com duas munições do mesmo calibre
Os corpos de Marcone e Deyvison devem ser liberados do Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, área central do Recife, nesta quarta-feira (11). A 8ª Delegacia de Polícia de Homicídios, da Divisão de Homicídios Metropolitana Norte, conduzirá as investigações do caso.
A Polícia Militar informa que na noite de ontem (9), policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), em operação de repressão ao crime organizado, com atuação no tráfico de drogas e homicídios, entrou em confronto com uma quadrilha na comunidade do Chié. Esse grupo estava sendo monitorado pela inteligência das polícias, que detinham a informação de uma entrega de carga de entorpecentes no local, naquele momento. Ao chegarem ao endereço, os policiais foram recebidos com disparos de arma de fogo. O efetivo policial, no cumprimento da missão de levar segurança à população e em proteção à vida dos servidores, entrou em confronto com os suspeitos. Dois deles foram baleados e socorridos, pelos policiais, para o Hospital de Itamaracá, mas não resistiram apesar dos cuidados médicos recebidos.
Na operação, houve grande apreensão de armas, munições e drogas: um revólver calibre .38, com cinco munições do mesmo calibre (sendo duas deflagradas e três intactas); um revólver calibre .32, com seis munições do mesmo calibre (três deflagradas e três intactas) e uma espingarda calibre .12, com duas munições do mesmo calibre. No local também foram recolhidos 250g de crack e duas balaclavas. A Força Tarefa de Homicídios foi acionada para o local da ocorrência, onde realizou diligência preliminares a cerca do caso. A 8a Delegacia de Polícia de Homicídios, da Divisão de Homicídios Metropolitana Norte, conduzirá as investigações.
A Polícia Militar reforça que busca sempre, em todas as ocasiões, preservar a vida. Em primeiro lugar, a vida da população; em segundo, na escala de prioridade, a dos policiais em serviço e, por fim, a dos próprios suspeitos de crimes. A PMPE continuará sua atuação sem transigir com o crime organizado e com grupos que afrontam as instituições e levam medo às comunidades de Pernambuco.