Paralelamente ao aumento de casos de covid-19 e mortes provocadas pela doença no Brasil - 12 milhões de infectados e 295 mil óbitos - cresce o número de famílias que necessita de ajuda para se manter neste período de pandemia, sobretudo aquelas que estão sem trabalhar por causa das restrições da quarentena mais rígida em Pernambuco. Basta circular pelo Centro do Recife ou nos semáforos para perceber a quantidade de pessoas pedindo ajuda. O Grupo JCPM, por meio do Instituto JCPM de Compromisso Social, braço social do grupo, iniciou nesta terça-feira (23) a distribuição de 2.955 cestas básicas em quatro cidades onde a empresa atua: Recife, Fortaleza, Aracaju e Salvador. Na capital pernambucana a ação contemplará 14 entidades sediadas no Pina e em Brasília Teimosa, na Zona Sul.
As duas primeiras instituições a receberem os alimentos foram os capuchinhos do Convento São Félix Cantalice e o grupo Amigos Solidários, da Paróquia do Pina. O primeiro ganhou 100 cestas e o segundo, 80. Os donativos serão distribuídos para moradores em situação de vulnerabilidade social. Jovens matriculados no Instituto JCPM também vão ser contemplados.
O critério de distribuição leva em consideração maior grau de dificuldade financeira. No caso das famílias dos jovens matriculados, a prioridade é para aquelas compostas por, no mínimo, quatro pessoas e renda global de até um salário-mínimo.
“Depois de um ano em meio à pandemia, percebemos que a sociedade reduziu suas doações. É natural que isso aconteça. Mas ainda passamos por momentos de muita complexidade e incertezas do ponto de vista não só da saúde pública como da geração de renda. As pessoas precisam ficar em casa e, ao mesmo tempo, buscar alimentos. Esse é um dilema cruel que só será amenizado com o envolvimento de todos nós, sociedade, empresas e poder público”, destaca a diretora da Desenvolvimento Social do grupo, Lúcia Pontes.
Foram investidos R$ 237 mil para compra das cestas básicas, adquiridas de pequenos comerciantes das próprias comunidades beneficiadas, promovendo também a geração de renda para eles.
"Estamos numa situação complicada. Fora as cerca de 220 famílias cadastradas que já ajudamos mensalmente com cestas, todos os dias tem 10, 20 pessoas na porta do convento pedindo alimento. A doação do grupo JCPM é de singular importância", diz o guardião do convento dos Capuchinhos, frei Thiago Santos.
"Nossa geladeira está vazia. Infelizmente não conseguimos atender todos que nos pedem. Graças a Deus que veio essa doação. Fazemos um apelo para quem quiser ajudar, pode ser um quilo de alimento ou cesta básica, o que trouxer é bem vindo", afirma o coordenador do grupo Amigos Solidários, Klésio Carlos. Além de distribuir cestas básicas, o grupo entrega 200 refeições na comunidade do Bode e no Centro do Recife, uma vez por semana.
OUTRAS AÇÕES
Desde o início da pandemia, já foram doadas pelo grupo quase 38 mil cestas, beneficiando entidades religiosas, cooperativas de taxistas, pescadores, moradores de palafitas, entre outros.
"É importante que toda a sociedade, empresariado ou a pessoa individualmente possa dar a sua contribuição e ser solidário nesse momento. A gente que está na ponta e convive com pessoas em situação de vulnerabilidade percebe como uma cesta básica faz diferença para elas", observa a coordenadora de desenvolvimento social do Grupo JCPM, Fábia Siqueira.
Na primeira fase de ações emergenciais foram realizados aportes de R$ 5,3 milhões, com doação de respiradores, máscaras, apoio à hospitais, cestas básicas, computadores, internet nas comunidades, entre outras iniciativas.