Com restrições por conta da pandemia da covid-19, arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido celebrou, nesta sexta-feira (2), na Catedral Metropolitana do Santíssimo Salvador, no Alto da Sé, em Olinda, Grande Recife, a Paixão e Morte do Senhor. Às 15h, horário que os católicos acreditam ter sido o da morte de Jesus Cristo, uma liturgia diferenciada contou e cantou os passos dele, da condenação até a crucificação.
"Neste dia em que estamos meditando a paixão e morte de Jesus Cristo, que nós possamos também refletir a paixão e morte de nossos irmãos: morte pela violência, pelo preconceito, pela fome", disse o arcebispo em sua homilia.
Dom Fernando afirmou que a atitude de Pilatos, que não queria condenar Jesus mas acabou lavando as mãos, "ainda acontece quando não temos a coragem de assumir atitudes proféticas e corajosas diante das injustiças do mundo".
Um dos ritos da celebração foi modificado por questões sanitárias. Nele, os fiéis fariam fila para beijar, um por um, o santo madeiro. Dom Fernando levou a cruz da porta da igreja e colocou-a diante do altar, mas não houve o beijo. Alteração parecida houve na missa da quinta-feira à tarde, quando foi suprimido o rito do lava-pés, no qual o presidente da celebração lavaria e beijaria os pés de doze pessoas.
A celebração da Paixão e Morte do Senhor não é considerada missa, pois não há a consagração das hóstias. Os fiéis comungam as hóstias consagradas no dia anterior. O tríduo pascal encerra-se no sábado (3), após o pôr-do-sol, com a celebração da vigília pascal. No Domingo de Páscoa (4), é celebrada a missa da Ressurreição do Senhor.