com informações da TV Jornal
Entidades religiosas se manifestaram, nesta segunda-feira (10), sobre a lei sancionada pelo governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), que classifica igrejas e templos religiosos como serviços essenciais em períodos de calamidade pública, como é o caso da pandemia do novo coronavírus. O projeto, aprovado com 46 votos favoráveis e 2 contras na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), foi do deputado estadual Pastor Cleiton Collins (PP), que justifica o segmento de "todas as regras sanitárias internacionais de distanciamento social e uso da máscara, mas com todos os departamentos funcionando", para manutenção da abertura dos locais.
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O texto considera atividades religiosas "aquelas voltadas a prestar assistência religiosa e espiritual à comunidade, inclusive, nos templos de qualquer culto, por meio de liturgias presenciais ou remotas, bem como quaisquer outras atividades sacerdotais realizadas por organizações religiosas". "Considera-se também como atividade religiosa o acolhimento de necessitados e vulneráveis realizado por organizações religiosas", diz.
O presidente da Convenção Batista de Pernambuco, pastor Alberto Farias, afirmou que a sanção do projeto de lei é de extrema importância, pois a igreja tem o papel de acolhimento.
"Esse projeto traz o reconhecimento de que o trabalho das igrejas é essencial, principalmente no meio da pandemia porque as pessoas estão aflitas e procurando ouvir alguma coisa da parte de Deus", afirmou. O pastor explicou que, mensalmente, a convenção consegue ajudar aproximadamente 200 famílias com cestas básicas e refeições.
O arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, também defende a classificação de templos religiosos como essenciais.
"A fé independe de espaços físicos, não vai fazer muita diferença. Mas as pessoas se encontram, o que é mais fácil você continuar com as atividades pastorais, as atividades missionárias. Sempre respeitando os protocolos", disse.
Espiritas mantêm atividades remotas
Já a direção da Federação Espírita Pernambucana (FEP) ressaltou, por meio de nota, que "entende, dentro da fé de cada um, a importância dos encontros presenciais". No entanto, informou que, por causa dos números da pandemia da covid-19, manterá suspensas, até o dia 31 de maio, as atividades presenciais, prestando assistência de forma virtual.
"A presidente da FEP, Cristina Pires, destaca que a Casa tem realizado atividades de maneira virtual, como palestras e atendimento fraterno, como forma de levar consolo, esclarecimento e orientações aos que precisam, especialmente neste período de isolamento social imposto pela pandemia. De maneira presencial, ainda de acordo com ela, está sendo realizado apenas a assistência e promoção social às famílias cadastradas, seguindo todos os protocolos estabelecidos pelos órgãos de saúde", finaliza a nota.
A assinatura da lei deve ser publicada na edição do Diário Oficial de Pernambuco desta terça-feira (11).