Atualizada às 17h06
A prefeitura de São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco, emitiu uma nota de esclarecimento, nesta quarta-feira (26), na qual afirma não ter conhecimento oficial do resultado da avaliação de qualidade das 2,8 mil doses de imunizantes da Astrazeneca e CoronaVac, que foram encaminhadas para a IV Gerência Regional de Saúde (Geres), em Caruaru, também no Agreste do Estado, após haver um problema com a oscilação de temperatura da câmara de conservação onde os imunizantes estavam armazenados, no último dia 5 de abril. Há rumores de que essas doses não poderão mais ser utilizadas para vacinação contra a covid-19.
"A Prefeitura de São Bento do Una informa que, até a presente data, não fora notificada pelo Ministério da Saúde ou pela IV Geres a respeito do resultado da avaliação de qualidade dos imunizantes que estavam armazenados na câmara de refrigeração onde apresentou oscilação de temperatura no dia 5 de abril de 2021, tendo apenas tomado conhecimento inoficiosamente por meio de matéria", disse trecho do comunicado.
A nota emitida pela Prefeitura de São Bento do Una informa ainda que a cidade recebeu 2.110 doses para substituir as que não puderam ser aplicadas e que, por conta disso, a campanha de vacinação do município não foi comprometida.
"A Prefeitura de São Bento do Una acha oportunamente informar que o PNI Municipal recebeu imunizantes para reposição das doses analisadas, totalizando, na presente data, 2.110 imunizantes, tendo, portanto, não comprometido a campanha de imunização", concluiu a nota.
A gestão da cidade afirmou buscar estar buscando respostas da IV Geres e do Ministério da Saúde, sobre o resultado da análise. Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco informou que a questão está sendo tratada pelo Ministério da Saúde. Já a pasta do governo federal informou que está apurando o caso.
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No fim da tarde desta quarta, o Ministério da Saúde se pronunciou por meio de nota e confirmou que as doses foram classificadas como insatisfatórias pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
"A pasta esclarece que as perdas operacionais, que correspondem à 10% do total de doses distribuídas das vacinas, já são previamente calculadas e supridas pelo MS. Outras perdas, que possam extrapolar àquelas já calculadas, devem ser observadas junto às esferas de origem (estados e municípios), que remetem o registro, e são devidamente orientadas com relação ao protocolo correto de segurança a ser adotado", disse trecho do texto.
Entenda o caso
No dia 5 de abril, o município de São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco, suspendeu a vacinação contra a covid-19. A paralisação se deu porque houve um problema com a oscilação de temperatura da câmara de conservação onde os imunizantes estavam armazenados. Com isso, cerca de 2.800 doses ficaram sob análise, que dirá se os imunizantes ainda podem ser utilizados.
Na ocasião, a secretária interina de Saúde de São Bento, Safira Demétrio, afirmou à Rádio Jornal que a cidade seguiu com o protocolo devido. "Nós fomos iniciar o expediente e quando chegamos a nossa câmara estava evidenciando uma temperatura acima do que é preconizado para a vacinação. Fizemos todo protocolo legal e encaminhamos notificação para a IV geres", disse.