Seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP) pelo suposto envolvimento na morte da mulher transexual pernambucana Lorena Muniz, de 25 anos. A morte ocorreu em um incêndio em uma clínica de estética, no dia 17 de fevereiro, no centro da capital paulista. A cabeleireira estava sedada, na mesa de cirurgia da clínica, onde faria um implante de silicone.
As chamas foram iniciadas em um aparelho de ar-condicionado da unidade, que foi evacuada. A vítima foi deixada inconsciente na sala. Lorena ainda foi transferida para o Hospital das Clínicas da cidade de São Paulo, mas não resistiu às queimaduras e morreu no dia 21 de fevereiro, quatro dias depois.
O inquérito conduzido pelo 1º Distrito Policial (DP-SP), apontou homicídio culposo, quando não há intenção de matar e omissão de socorro. Os nomes dos indiciados foram preservados pela justiça. A PCSP também não informou a relação dos indiciados com a clínica, que não tinha licenciamento do Corpo de Bombeiros.
O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) paulista apontou que a vítima morreu por inalar fumaça toxica. Até ser resgatada, Lorena teria passado cerca de 17 minutos sem oxigenação no cérebro e em parada cardiorrespiratória. A mulher sofreu queimaduras na cabeça.
Lorena Muniz morava na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, com o esposo, Washington Barbosa, influenciador digital conhecido como Tom Negro. Segundo familiares da vítima, ela teria pago R$ 4 mil pelo procedimento estético. Com a investigação encerrada, o inquérito agora segue para o Ministério Público (MPSP).