POLÍCIA

Universitários denunciam que mais de 50 turmas foram prejudicadas por empresa especializada em formaturas que declarou falência

Estudantes souberam do fechamento da empresa através das redes sociais, e afirmam não terem recebido qualquer reembolso

Cadastrado por

Katarina Moraes

Publicado em 27/09/2021 às 12:24 | Atualizado em 27/09/2021 às 18:38
Estudantes foram até a Delegacia do Consumidor na manhã desta segunda-feira (27) denunciar o caso. Na foto, Amanda Monteiro, graduanda em Administração - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Com informações da repórter Cinthia Ferreira, da TV Jornal

Vários universitários procuraram a Delegacia de Polícia do Consumidor, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, na manhã desta segunda-feira (27), para denunciar uma empresa de eventos especializada em formatura. Segundo eles, ela decretou falência por meio das redes sociais na última sexta-feira (24), sem reembolsar o que já foi pago em contratos.

A estudante Amanda Monteiro é uma delas. Em sua turma de Administração, já haviam sido repassados mais de R$ 100 mil à empresa para a festa que deveria acontecer em abril deste ano, mas que, devido à pandemia da covid-19, estava programada para o ano que vem.

"Vimos nosso sonho destruído de uma hora para outra, e também o da nossa família, porque desde que comecei a falar que queria fazer formatura, meus pais, tios e amigos começaram a sonhar. Estamos sem saber o que fazer agora", disse Amanda.

Já da turma de Ricardo Santos, do curso de direito de uma faculdade particular do Recife, foram pagos cerca de R$ 180 mil. O pacote fechado com a empresa incluía três eventos: culto ecumênico, aula da saudade e baile de formatura. Cada aluno teve que desembolsar um pouco mais de 5 mil. Ele conta que tentou entrar em contato com os donos, mas até agora não teve sucesso.

"Cancelaram todas as comunicações com a gente, não se comunica com nenhum de nós, nem por WhatsApp, nem por telefone. Todos os telefones estão bloqueados", denunciou.

Segundo os alunos, há mais de 50 turmas prejudicadas em todo Estado, já que a a empresa tinha contratos em todas as regiões de Pernambuco. No comunicado divulgado nas redes sociais, a empresa diz que não tem disponibilidade de recursos para suprir a realização das atividades.

O gestor comercial Darlan Livingstone, de uma empresa terceirizada pela que fechou, foi outro que procurou a delegacia. "Também fomos surpreendidos, tanto quanto as turmas, do fim do nosso contrato, onde também ficamos com valor a ser recebido, em torno de R$ 6 mil a R$ 8 mil", afirmou.

Em nota, a empresa informou que não tem mais como realizar a produção de eventos e que tentou de diversas formas reverter os problemas financeiros devido a pandemia da covid-19. Ainda, afirma que pretende promover o ressarcimento dos valores recebidos na esfera judicial cível.

Já a Polícia Civil de Pernambuco disse estar "ciente do ocorrido" e que "tomará as devidas providências assim que houver o registro dos casos".

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