Devido às fortes chuvas que caem na Região Metropolitana do Recife, a barragem de Tapacurá, em São Lourenço da Mata, iniciou nesta terça-feira (7) o processo de vertimento - que é quando o excesso de água acumulado pela barragem é extravasado.
A água em excesso, está sendo sando vertida "em segurança", de acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e a Companhia Pernambucana de Saneamento
(Compesa). Vale ressaltar que não se trata de um rompimento, com liberação da água de forma descontrolada.
Essa água em excesso é derramado pelo vertedor (também conhecido como Sangrador da barragem), que é uma estrutura prevista no dimensionamento dessas obras hídricas.
A Apac reforça que o processo de vertimento dos reservatórios é um mecanismo de segurança previsto nos projetos para o adequado funcionamento dos reservatórios. Portanto, não há razão para pânico.
Os reservatórios integram o Sistema de Contenção de Cheias do Rio Capibaribe, que é monitorado diariamente pela equipe técnica da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e da Compesa.
Os reservatórios formam o sistema, composto ainda pelas barragens de Jucazinho (Surubim), Carpina (Lagoa do Carro), Tapacurá (São Lourenço da Mata) e Goitá (Paudalho).
Defesa Civil
Embora não se trate de uma liberação descontrolada da água, a população deverá seguir as orientações das Defesas Civis municipais, pois o sangramento em Tapacurá causa aumento do nível do Rio Capibaribe.
Esta semana, a Secretaria de Recursos Hídricos já havia orientado as prefeituras do Recife, São Lourenço da Mata e Camaragibe para redobrarem a atenção com as populações ribeirinhas.
"Seguindo o Protocolo de Controle de Cheias do rio Capibaribe, esta SERH alerta à CODECIPE para atuar perante as comunidades ribeirinhas, devido ao possível aumento do nível no Rio. Ainda, alertamos da importância de realizar as simulações de vertimento das barragens e a repercussão no nível do Rio Capibaribe a jusante desses empreendimentos, para que as Defesas Civis Estadual e municipais possam estar preparadas para atuar perante as comunidades ribeirinhas do Rio Capibaribe. A equipe técnica da SERH está a disposição para apoio nestas tratativas", dizia no documento a secretária executiva em exercício de Recursos Hídricos, Marília de Souza Leão.
A Codecipe e a Secretaria de Infraestrutura do Estado confirmaram que vinham monitorando as regiões próximas ao rio e o nivelamento do mesmo.