SISTEMA HIDROLÓGICO

Barragem de Tapacurá sangrou por causa das chuvas. Veja as consequências

Vale ressaltar que não se trata de um rompimento da barragem de Tapacurá, com liberação da água de forma descontrolada

Cadastrado por

Lucas Moraes

Publicado em 07/06/2022 às 18:58 | Atualizado em 07/06/2022 às 19:24
Barragem de Tapacurá, em São Lourenço da Mata - COMPESA

Devido às fortes chuvas que caem na Região Metropolitana do Recife, a barragem de Tapacurá, em São Lourenço da Mata, iniciou nesta terça-feira (7) o processo de vertimento - que é quando o excesso de água acumulado pela barragem é extravasado.

A água em excesso, está sendo sando vertida "em segurança", de acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e a Companhia Pernambucana de Saneamento
(Compesa). Vale ressaltar que não se trata de um rompimento, com liberação da água de forma descontrolada. 

Essa água em excesso é derramado pelo vertedor (também conhecido como Sangrador da barragem), que é uma estrutura prevista no dimensionamento dessas obras hídricas.

A Apac reforça que o processo de vertimento dos reservatórios é um mecanismo de segurança previsto nos projetos para o adequado funcionamento dos reservatórios. Portanto, não há razão para pânico.

Os reservatórios integram o Sistema de Contenção de Cheias do Rio Capibaribe, que é monitorado diariamente pela equipe técnica da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e da Compesa. 

Os reservatórios formam o sistema, composto ainda pelas barragens de Jucazinho (Surubim), Carpina (Lagoa do Carro), Tapacurá (São Lourenço da Mata) e Goitá (Paudalho).

Defesa Civil

Embora não se trate de uma liberação descontrolada da água, a população deverá seguir as orientações das Defesas Civis municipais, pois o sangramento em Tapacurá causa aumento do nível do Rio Capibaribe. 

Esta semana, a Secretaria de Recursos Hídricos já havia orientado as prefeituras do Recife, São Lourenço da Mata e Camaragibe para redobrarem a atenção com as populações ribeirinhas. 

"Seguindo o Protocolo de Controle de Cheias do rio Capibaribe, esta SERH alerta à CODECIPE para atuar perante as comunidades ribeirinhas, devido ao possível aumento do nível no Rio. Ainda, alertamos da importância de realizar as simulações de vertimento das barragens e a repercussão no nível do Rio Capibaribe a jusante desses empreendimentos, para que as Defesas Civis Estadual e municipais possam estar preparadas para atuar perante as comunidades ribeirinhas do Rio Capibaribe. A equipe técnica da SERH está a disposição para apoio nestas tratativas", dizia no documento a secretária executiva em exercício de Recursos Hídricos, Marília de Souza Leão.

A Codecipe e a Secretaria de Infraestrutura do Estado confirmaram que vinham monitorando as regiões próximas ao rio e o nivelamento do mesmo. 

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