Aniversário de Olinda

ANIVERSÁRIO DE OLINDA: Leia curiosidades sobre a história da cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade

Confira curiosidades da história de Olinda, fundada em 12 de março de 1535

Cadastrado por

Amanda Azevedo

Publicado em 12/03/2023 às 11:29 | Atualizado em 12/03/2023 às 11:50
Olinda em 1914 - Henrique Martins/Acervo Fundação Joaquim Nabuco

Neste 12 de março, dia em que Olinda comemora 488 anos de fundação, leia histórias curiosas da Cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

As curiosidades foram reunidas pela repórter Cleide Alves e publicadas no JC em 2019.

Construção de Olinda no alto de uma colina não foi fruto do acaso

A construção de Olinda no alto de uma colina, em 1535, não foi fruto do acaso. Na verdade, Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, sabia muito bem o que estava fazendo.

“Ele montou uma cidade à maneira medieval, porque estava nas alturas, mas moderna, porque seguia a lógica do urbanismo planejado do renascimento”, afirma o arquiteto José Luiz Mota Menezes, sócio do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.

Olinda em 1905 - Manoel Tondella/Acervo Fundaj

A cidade ficava no topo da encosta e seu meio de sustentação estava na planície, onde se podia plantar cana-de-açúcar.

“O meio agrário sustentou Olinda”, declara José Luiz, acrescentando que os primeiros caminhos para a formação dos engenhos, às margens dos Rios Capibaribe (no Recife) e Beberibe, são decorrentes dessa forma de ocupação olindense, que se manteve até meados do século 17, quando as moradias descem e se expandem nas partes mais baixas. 

Leia Também

Um dos primeiros casos de impeachment do Brasil

Jerônimo de Mendonça Furtado, que tomou posse como governador da Capitania de Pernambuco em 5 de março de 1664, no século 17, entrou para a história como um dos primeiros casos de impeachment do Brasil. Ele foi deposto em 30 de julho de 1666, numa reunião na Câmara de Olinda (ruínas na foto acima) acusado de cometer falcatruas, irregularidades e arbitrariedades.

“Um dos fatos que mais contribuíram para a crescente impopularidade do governador foi a avidez com que exigia o pagamento de dívidas atrasadas. Pagamento imediato, sem protelações, desculpas ou fracionamentos”, escreve o historiador e sócio do Instituto Arqueológico Carlos Bezerra Cavalcanti no livro Olinda: um presente do passado.

O apelido do governador, Xumbergas, virou sinônimo para uma epidemia de peste que varria Olinda naquela época.

Jazida de fosfato da antiga usina Fosforita vira bairro

Conjuntos habitacionais em Jardim Brasil (década de 1960, foto acima) e em Cidade Tabajara (década de 1970) foram construídos sobre a jazida de fosfato da antiga usina Fosforita, inaugurada em 1957 no município de Olinda.

A indústria deveria ter funcionado por 50 anos, mas sem a proibição da importação do fosfato estrangeiro, teve vida curta.

PERNAMBUCO As terras onde hoje é o bairro de Peixinhos, em Olinda, abrigaram a antiga fábrica Fosforita na década de 50, mas projetos de urbanização ganharam espaço na região - PERNAMBUCO ARCAICO

Sucumbiu às pressões internacionais e fechou as portas no fim da década de 1960. Para se ter uma ideia do tamanho da briga, o frete por via marítima para o fosfato que fazia o trajeto de Flórida (EUA) até Santos (SP) era mais barato do que o frete com o carregamento do mesmo produto do Porto do Recife para o Porto de Santos, como relata o historiador Carlos Bezerra Cavalcanti no livro Olinda: um presente do passado, lançado em 2012. A Fosforita ocupava as terras do Engenho Forno da Cal.

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS