Em colaboração com Beatriz Albuquerque, da TV Jornal
Cerca de 250 sacerdotes das 150 paróquias, institutos e ordens religiosas da Arquidiocese de Olinda e Recife, celebraram a Missa do Crisma, também chamada de Missa dos Santos Óleos, na manhã desta Quinta-Feira Santa (6).
O início da solenidade foi marcada por uma procissão, que teve como ponto de encontro o seminário de Olinda, no bairro do Carmo. De lá, o grupo seguiu até a Igreja Catedral do Santíssimo Salvador, conhecida como a Igreja da Sé.
Na catedral, centenas de fiéis acompanharam a tradicional Missa do Crisma. A dona de casa, Ângela Cristina Santos era uma delas. "Estou me sentindo muito feliz e emocionada em estar aqui pela primeira vez. Estou muito grata"
A celebração foi presidida pelo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, que falou sobre a importância da solenidade, que marca a renovação das promessas dos sacerdotes.
"Na Quinta-Feira Santa, Jesus instituiu a eucaristia e o sacerdócio ministerial. Todos os padres, em todas as arquidioceses se reúnem com o bispo para fazer o que chamamos de celebração da unidade. A igreja unida com o pastor, procurando renovar o compromisso missionário de anunciar o nome de Deus"
Um dos pontos mais importantes da cerimônia foi a consagração dos santos óleos pelo arcepispo, que abençoou três recipientes com os óleos que vão ser utilizados ao longo do ano para os batismos das crianças, as crismas dos jovens e a extrema-unção dos enfermos.
Ao final da missa, os óleos foram distribuídos, na parte externa da igreja, a cada um dos sacerdotes.
Em mensagem direcionada aos católicos, o Arcebispo Dom Fernando Saburido reforçou a importância da comunidade cristã participar da programação da semana santa.
"Que todos entendam que o Tríduo Pascal não é um feriadão, é um momento de reflexão, de silêncio, de retiro espiritual e encontro com Deus. Que as pessoas deveriam encontrar tempo para participar efetivamente das celebrações eucarísticas e da Paixão"
Essa é a última missa antes do Tríduo Pascal, que começa nesta quinta e tem fim no Sábado de Aleluia. Para os cristãos, o tempo litúrgico garante a lembrança profunda dos fundamentos da fé, em memória da Paixão, morte e ressurreição de Jesus.
QUINTA-FEIRA SANTA (06/04)
SEXTA-FEIRA SANTA (07/04)
SÁBADO DE ALELUIA OU SÁBADO SANTO OU VIGÍLIA PASCAL (08/04)
DOMINGO DE PÁSCOA (09/04)
Experimentamos a união íntima com Deus. Abundância de amor do céu sobre a terra: Pela manhã, Missa do Crisma. O bispo concelebra com o seu presbitério, consagra o Santo Crisma e abençoa os outros óleos, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Celebra-se a unidade da Igreja diocesana, onde o bispo reúne o seu presbitério, o corpo diaconal, os religiosos e os demais fiéis leigos, na Igreja Catedral de sua Diocese. Esta celebração quer ser sinal da comunhão diocesana.
Pela tarde, Missa da Ceia do Senhor. Inicia-se o chamado Tríduo Pascal. Comemora-se a Última Ceia. A noite em que Jesus vai ser entregue. Oferece a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho.
Entrega aos Apóstolos para tomarem e também oferecer aos seus sucessores. É amor à Eucaristia que nos foi dada nesse dia. É amor ao Sacerdócio, que é serviço de Amor e nos dá a possibilidade de ter a Eucaristia. Durante a Missa ocorre o Lava-pés, para lembrar o gesto de Jesus, quando lavou os pés dos seus apóstolos. (João 13,1-13).
É preciso manter um "silêncio interior", aliado ao jejum e à abstinência de carne. Dia de meditação, de contemplação do amor de Deus que nos deu o Seu Filho único para que, quem n'Ele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16).
Neste dia, a Igreja não tem a celebração da Eucaristia, mas convida seus fiéis a olhar, a contemplar Jesus Abandonado e Crucificado, onde oferece o perdão aos carnífices. Jesus nos dá tudo. Abre o paraíso ao ladrão, dá-nos a Sua Mãe, morre na cruz.
Dia do silêncio. Maria está sozinha, com Seu filho/Deus morto. Uma dor infinita, mas Maria está de pé, tornando-se exemplo sublime, um monumento de todas as virtudes. Ela espera e crê. A Igreja medita e reflete.
Eis que chegamos à noite da Vigília Pascal, em que celebramos a vitória de Cristo sobre a morte e a Igreja vibra e renova a sua fé, a sua esperança numa plenitude de realização que Cristo semeou, plantou na terra e que no final dos tempos se realizará. A Vigília Pascal conclui o Tríduo.
A celebração tem quatro partes fundamentais: Liturgia da Luz; da Palavra; do Batismo e da Eucaristia.
É comum crianças e adultos serem batizados nesta celebração. A Palavra de Deus recorda toda a caminhada do povo de Israel, aguardando o Messias, e apresenta Jesus como o verdadeiro Messias Salvador. É o triunfo de Jesus Ressuscitado. Chegamos ao Domingo de Páscoa.