Em colaboração com Priscila Cavalcanti, da TV Jornal
Os familiares da vítima de um acidente no Mirabilandia criaram uma vaquinha para adaptar a casa onde ela mora em um home care de alta complexidade. Dávine Muniz, de 34 anos, ainda não recebeu alta do hospital; contudo, parentes alegam necessidade de fazer reformas na casa antes que isso aconteça.
O primo dela, Ricardo Lima, conta que Dávine morava em uma casa com primeiro andar. Agora, precisará ser transferida para o térreo, onde viviam os avós dela, que terá de ter adaptações hidráulica, elétrica e quebra de paredes para aumentar o quarto.
Contudo, sem resposta se o parque vai bancar a reforma, conta com a solidariedade da população. “Todas essas coisas vão ter um custo aproximado de R$ 50 a R$ 60 mil, segundo levantamento de uma empresa que foi fazer, e hoje a família hoje não tem condições [de bancar]”, explicou Ricardo.
Dávine segue internada em estado grave de saúde e em coma em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde que foi arremessada em um dos brinquedos do parque, em Olinda, no Grande Recife, no dia 22 de setembro.
“Ela perdeu praticamente metade do cérebro. Está completamente comprometida. Não fala, não abre os olhos e não mexe nenhuma parte do corpo”, afirmou o primo da vítima.
Inicialmente, ela foi levada para o Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife. O parque queria que o plano dela, Hapvida, bancasse o tratamento - o que foi rejeitado pela Justiça, que determinou sua transferência em 3 de outubro para o Hospital São Marcos, também no Centro da capital pernambucana.
FALTA DE RECURSOS
Desde o início, de acordo com a advogada Sandra Filizola, o estabelecimento forneceu R$ 10 mil para ajudar com os custos dos parentes para ir e vir do hospital e valor do internamento em si. “Esse dinheiro já acabou há muito tempo”, disse.
Ainda, Dávine, que sustentava a casa, não recebe o salário de cerca de R$ 1,3 mil que ganhava como professora desde o caso. "Entramos com curatela para que os pais possam receber o dinheiro. Estamos aguardando que a Justiça defina quem será o curador, o pai ou a mãe", relatou Filizola.
“Dávine, junto ao pai, era quem sustentava a casa. Com esse acidente, o salário dela foi retido. A gente está com aumento de despesas e uma receita menor. Por isso vamos fazer uma vaquinha virtual para tentar uma ajuda com a população”, afirmou Ricardo.
Em contato com o JC, a direção do Mirabilandia informou que mantém custeando toda a assistência de Dávine e reforçou que cumprirá as responsabilidades que lhe competem para o seu tratamento.
VAQUINHA
Quem quiser, pode doar para a família de Dávine Muniz por meio da vaquinha virtual por meio do link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/juntos-pela-professora-davine-leandro-lar-adaptado-esperanca-restaurada?
Ainda, pode fazer uma transferência para o Pix 906.620.674-87, no nome de Valéria Muniz.