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Falta d’água: Pernambuco anuncia R$ 52 milhões em obras para reforçar abastecimento no Grande Recife

Obras devem melhorar o abastecimento para 500 mil pessoas, afirma o Governo do Estado

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Katarina Moraes

Publicado em 22/03/2024 às 15:39
Anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (22) em celebração ao Dia Mundial da Água - Miva Filho/Secom

O Governo de Pernambuco lançou, nesta sexta-feira (22), investimentos de R$ 51,9 milhões para obras de abastecimento de água nos municípios do Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. No Estado com um dos piores índices de distribuição de água do País, a medida deve beneficiar cerca de 500 mil pessoas, segundo o governo.

“Sabemos dos indicadores do nosso Estado. Nosso governo tem focado em garantir o acesso à água à população pernambucana. Recebemos o Estado com 2 milhões de pessoas sem acesso a água e 4 milhões de pessoas que são submetidas a rodízio de água, uns maiores, outros melhores. Vamos trabalhar para levar água para essa população”, prometeu a governadora Raquel Lyra (PSDB).

OBRAS NO RECIFE

Com isso, redes antigas da Zona Norte da capital pernambucana serão substituídas, e a região também ganhará a implantação de novas ligações de água, instalação de equipamentos e setorização, que é a divisão dos bairros em setores de abastecimento para controle da vazão da água produzida para permitir a melhoria do abastecimento.

Com essas obras, serão 179 mil recifenses beneficiados nos bairros Alto José do Pinho, Morro da Conceição e Vasco da Gama, além de parte dos bairros de Beberibe, Linha do Tiro, Alto José Bonifácio, Porto de Madeira, Alto Santa Terezinha, Fundão, Água Fria, Bomba do Hemetério, Mangabeira, Nova Descoberta e Brejo do Beberibe. O investimento no projeto é da ordem de R$ 33,6 milhões.

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Também no Recife, no bairro de Brasília Teimosa e parte da comunidade do Bode, na Zona Sul, serão gastos R$ 2,6 milhões para obras de melhoria do abastecimento de água. Já nos Torrões, Zona Oeste, serão realizados serviços para a modernização da infraestrutura da rede de abastecimento da Comunidade da Horta, no valor de R$ 838 mil.

REGIÃO METROPOLITANA

Em Olinda, foram destinados R$ 830 mil para os serviços de implantação do abastecimento das comunidades de Monte Alegre. Em Jaboatão dos Guararapes, o Governo de Pernambuco está investindo R$ 1,1 milhão na instauração do fornecimento de água para o Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) Muribeca.

Segundo o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos, as obras serão iniciadas de imediato, algumas sendo entregues nos próximos seis meses. “O anúncio desses investimentos demonstra a recuperação da capacidade da Compesa de enfrentar esse drama que é a água em Pernambuco. Logo mais, no decorrer das obras, a população perceberá os benefícios em suas casas”, afirmou o responsável pela Companhia.

A retomada das obras paralisadas do Programa de Perfuração de Poços da Região Metropolitana do Recife foi outra ação apresentada. Segundo o Governo, a Compesa iniciou as intervenções civis e eletromecânicas que vão garantir o funcionamento de 14 equipamentos já perfurados nos municípios de Olinda, Paulista e Recife, a partir de um investimento de R$ 13 milhões, somente neste ano.

ABASTECIMENTO INSUFICIENTE

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que analisa características dos moradores e dos domicílios de todo o Brasil, mostrou que Pernambuco é o estado com mais moradores sem água canalizada. Segundo a pesquisa, 9,2% dos pernambucanos vivem nessa situação.

O estudo é feito com base nas informações do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também revelou que apenas 42,9% das casas do Estado que são ligadas à rede de distribuição recebem água todos os dias.

Dos 10 estados com o menor percentual, sete são do Nordeste. Além de Pernambuco, estão na lista Acre (47,8%); Rio Grande do Norte (66,2%); Sergipe (72,0%); Alagoas (72,3%); Maranhão (74,7%); Bahia (74,8%); Paraíba (76,7%); Mato Grosso (82,3%); Rio de Janeiro (84,5%); e Pará (86,7%).

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